O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta segunda-feira que serão feitos testes de diagnóstico aos professores, para que o próximo ano letivo possa iniciar-se em segurança.

Em declarações aos jornalistas no final da sessão comemorativa do Dia do Município de Gouveia, António Lacerda Sales referiu que o objetivo do Governo é “continuar a testar, não só em lares, mas em muitos segmentos da atividade económica e não só“. “Queremos também testar professores nas escolas, porque é muito importante para que se dê início ao ano letivo o mais normal possível e com a maior segurança possível”, frisou.

Diretores escolares pedem testes serológicos e terceira dose da vacina

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O secretário de Estado disse, no entanto, ainda não poder apontar datas e outros pormenores. “Esse tem sido um movimento e um esforço que temos feito sempre em conjunto com o setor da educação. Tem sido a educação que tem liderado esse movimento, e muito bem”, acrescentou.

Na sua opinião, “a testagem é uma arma enorme, uma boa ferramenta” para, no âmbito da pandemia da Covid-19, “normalizar, o mais depressa possível”, as vidas das pessoas e para que haja “uma recuperação económica o mais rápida possível”.

“Obviamente que vamos continuar a testar e quanto mais testarmos melhor, porque mais depressa fazemos o diagnóstico e mais depressa podemos atuar em conformidade”, sublinhou.

No sábado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que o Governo vai promover a realização de um estudo serológico a cinco mil funcionários e utentes de lares de idosos, para aumentar o conhecimento científico sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população.

O objetivo, explicou o ministério, é aumentar o conhecimento científico atual sobre a duração dos efeitos da vacina na população idosa, analisando a imunidade nos idosos mais vulneráveis que já foram vacinados, comparando-a com a dos funcionários vacinados na mesma altura.

No domingo, Marcelo Rebelo de Sousa também apelou à realização de testes serológicos noutros grupos como profissionais de saúde e professores, referindo que “é preciso acompanhar os anticorpos”. “Mantêm-se os anticorpos no mesmo grau, ou não? Até agora a opinião comum é que é duradoira a presença de anticorpos, mas é preciso verificar. Como é que isso se faz? Com testes serológicos que permitem apurar como estão as resistências provocadas pela vacina. Concordo com isso, é uma preocupação que faz sentido”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. Para já, nos professores, avançam apenas os testes de diagnóstico.

Notícia corrigida com indicação de que Lacerda Sales se referia a testes de diagnóstico e não serológicos, após esclarecimento da DGS.