Não será possível alcançar a imunidade de grupo na presença da variante Delta, defendeu Andrew Pollard, líder do grupo que investiga vacinas na Universidade de Oxford (Oxford Vaccine Group), perante os deputados britânicos no parlamento. Andrew Pollard desenvolveu, em conjunto com Sarah Gilbert, uma vacina contra a Covid-19 (agora referida com da AstraZeneca).

Se as pessoas vacinadas podem, ainda assim, ser infetadas e transmitir o vírus, significa que não vão poder servir de escudo às pessoas não vacinadas (que acabarão, eventualmente, por ser infetadas), tornando a ideia de imunidade de grupo contra o SARS-CoV-2 um “mito”, noticiou o jornal The Guardian.

As vacinas continuam, no entanto, eficazes na prevenção de doença grave e morte, mesmo na presença da variante Delta. Mais, as pessoas vacinadas entre os 18 e os 64 anos têm 49% menos probabilidade de serem infetadas do que as não vacinadas, segundo um estudo do Imperial College de Londres.

Andrew Pollard também descarta, por enquanto, a possibilidade de uma terceira dose e reforço. Isso só se vai justificar se e quando aumentarem os internamentos ou mortes entre as pessoas vacinadas, defende o membro da comissão de vacinação (JCVI, Joint Committee on Vaccination and Immunisation), mas não especificamente da comissão de vacinação contra a Covid-19.

Em relação à vacinação de crianças, o JCVI defende que apenas as crianças vulneráveis entre os 12 e os 15 anos, ou as que vivem com adultos de risco devem ser vacinados.

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