O Ministério Público arquivou o processo sobre as suspeitas de assinaturas falsas na criação do Chega. A notícia foi avançada pela TVI e confirmada pelo Observador.

No despacho do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa lê-se que a investigação, “sem resultados positivos”, concluiu que “não foram reunidos indícios suficientes sobre a autoria das falsificações (seja autoria moral ou material)”.

O caso remonta a 2019, ano de fundação do Chega, quando o partido entregou 8.312 assinaturas para formalizar a criação do partido. No entanto, dessas assinaturas, apenas 6.499 foram consideradas válidas, sendo que as restantes, conforme deu conta o Tribunal Constitucional, não coincidiam com os números do cartão de cidadão e os nomes dos respetivos titulares, existindo, inclusive, casos de assinantes menores de idade ou já falecidos.

Nuno Afonso, ex-vice-presidente do Chega, que tinha a responsabilidade de guardar as assinaturas, chegou a ser constituído arguido no caso. No entanto, o Ministério Público concluiu que as “suspeitas levantadas sobre Nuno Afonso não foram corroboradas por prova sustentável, que antevisse uma condenação com sede em julgamento”. O processo acabou, por isso, por ser arquivado.

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O líder do Chega reagiu à notícia com satisfação: “Andaram 2 anos a levantar suspeitas de crimes sobre os fundadores do CHEGA no registo do Tribunal Constitucional. Tentaram lançar o nosso nome na lama. Não conseguiram nem conseguirão, somos gente de bem!”, afirmou André Ventura no Twitter.

Menores de idade e pessoas que já morreram. Assinaturas do Chega sob suspeita de falsificação