O eurodeputado e provável candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel, já está a fazer oposição direta ao Governo a partir de Estrasburgo. Na terça-feira, Rui Rio enviou um recado ao eurodeputado e a outros challengers ao dizer que esperava que não aproveitassem a campanha eleitoral para “guerras internas” ou “projeções pessoais”. Paulo Rangel decidiu agora envolver-se diretamente na batalha eleitoral e fez queixa de António Costa em pleno hemiciclo do Parlamento Europeu a Ursula Von der Leyen.

A partir do púlpito e durante o debate do estado da União, Paulo Rangel avisou a presidente da Comissão Europeia que o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) “não é para ser usado como arma de campanha eleitoral, como está a fazer agora todos os dias o primeiro-ministro português”.

Sob o olhar atento de Von der Leyen, o chefe de delegação do PSD no Parlamento Europeu acrescentou que “o plano é para relançar a economia, para relançar as empresas, para dar oportunidades aos jovens, para ter solidariedade intergeracional”, atirando uma vez mais a Costa: “Não é para pagar as despesas correntes do Orçamento como em parte está a acontecer nalguns países, incluindo no meu.”

Paulo Rangel prosseguiu com nas queixas sobre o PS e António Costa, dizendo em sessão plenária que “o plano [PRR] não é de nenhum partido, nem é de nenhum país. É um plano Europeu, para os europeus. E é importante que a comissão europeia esteja atenta a isso, garantindo que os fundos são bem usados”.

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