Tal como já existem planos definidos para um cenário pós-Isabel II, vão sendo avançados alguns detalhes sobre as intenções do senhor que se seguirá no trono. Quando o príncipe Carlos se tornar rei, uma das primeiras mudanças passará por uma remodelação total do Palácio de Buckingham e pela distribuição de propriedades dentro da família real. Carlos passará a viver num simples apartamento no Palácio, para aumentar a área aberta ao público do edifício e reduzir os aposentos reais, e Balmoral, na Escócia, deverá tornar-se um museu em homenagem à sua mãe e atual monarca, a Rainha Isabel II.

O Palácio de Buckingham, que está a ser alvo de obras de renovação que deverão durar uma década e cujo orçamento ascende aos 369 milhões de libras (cerca de 427,056 milhões de euros), deverá ser aberto a visitas do público a uma escala muito maior, em vez da habitual admissão sazonal. Os alojamentos da monarca, que contam agora com 52 quartos reais e de hóspedes e 188 quartos de pessoal vão ser drasticamente reduzidos segundo os planos do Príncipe de Gales, que passará a viver com Camilla num apartamento dentro do palácio.

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“Tanto o Príncipe quanto a Duquesa da Cornualha são muito práticos e acham que o monarca reinante deve viver no Palácio de Buckingham, caso contrário, este tornar-se-ia uma espécie de Hampton Court”, revela uma fonte ao Daily Mail.

Segundo a mesma fonte, estes espaços que fazem parte da história da família real britânica têm de oferecer mais ao público, mais do que servir de residências oficiais e de férias dos membros da realeza. Dessa forma, quando Carlos assumir o trono planeia levar avante uma espécie de reforma da monarquia redistribuindo a família pelas várias propriedades e transformando algumas delas em espaços também de acesso público.

“Toda a gente reconhece que não faz sentido gerir tantas residências, mas se se abdicar delas totalmente nunca mais as terá de volta quando o príncipe George e os mais jovens membros da realeza crescerem e precisarem de algum lugar para viver”, referiu a mesma fonte ao jornal britânico.

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“Apesar do que todos pensam sobre ele não querer viver lá, ele certamente terá alojamento lá, mas será uma situação muito mais modesta, semelhante à do primeiro-ministro em Downing Street”, revelou um amigo de Carlos ao Daily Mail. Essa mesma fonte fez ainda saber que os duques de Cambridge deverão assim mudar-se para Windsor.

Espera-se que Carlos mantenha a sua casa de Highgrove como casa de família, sendo esta propriedade do ducado da Cornualha, que William herdará quando o seu pai for rei. William tornar-se-á assim senhorio do seu pai, passando a receber 700 mil libras por ano de renda.

William e Kate deverão manter a casa de família Anmer Hall, na propriedade de Sandringham da rainha, em Norfolk, mas os planos oferecem-lhes mais que isso: Llwynywermod, a casa galesa de Carlos, passará também para as mãos dos duques de Cambridge

Já a Clarence House, a atual residência oficial de Carlos, tinha sido inicialmente pensada para ser entregue a Harry com as remodelações, mas a saída do seu filho mais novo para a Califórnia alterou esses planos. A propriedade deverá ser então entregue aos netos George, Charlotte ou Louis.

Quanto ao príncipe André não estará previsto que tenha de se mudar do seu Royal Lodge, localizado no Windsor Great Park. O mesmo acontecerá com o príncipe Eduardo e a princesa Ana que se deverão manter no Bagshot Park em Windsor e no Gatcombe Park em Gloucestershire, respetivamente.

Também Balmoral, na Escócia, habitual destino de férias da Rainha durante o verão, será alvo de mudanças. A ideia é abrir um museu de homenagem a Isabel II, revela uma fonte ao diário britânico, e permitir um acesso alargado do público ao local, ao contrário do que acontece agora.

A residência privada de Carlos e Camilla de Birkhall, na Escócia, que herdou da sua avó, a Rainha Mãe, aquando da sua morte em 2002, será uma das propriedades que não deverá sofrer alterações nestas possíveis mudanças previstas quando o herdeiro subir ao trono.