O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu esta segunda-feira à Marinha o seu contributo no combate à pandemia, na Escola de Tecnologias Navais, enaltecendo a competência, brio e sentido de serviço “verdadeiramente notáveis”.
O chefe de Estado português e Comandante Supremo das Forças Armadas presidiu esta segunda-feira às comemorações do dia da unidade da Escola de Tecnologias Navais da Armada (ETNA), na Base Naval de Lisboa, situada em Almada.
Num discurso curto, ao qual assistiu o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado — recentemente envolvido numa polémica sobre a sua exoneração – Marcelo Rebelo de Sousa começou por dizer que estar nesta escola “cumprindo uma promessa já antiga, é recordar a escola de mecânicos de 1934 em Vila Franca de Xira” bem como “os grupos nº 1 e 2 das escolas da Armada em Vila Franca de Xira e no Alfeite, substituindo o corpo de marinheiros em 1961”, numa referência à história desta instituição.
“É recordar a criação da escola que hoje temos em 1 de outubro de 2004, totalmente concentrada no Alfeite desde 1 de setembro de 2009″, aditou.
Enumerando alguns dos cursos que esta instituição oferece, o chefe de Estado português apontou ainda o trabalho desenvolvido no combate à pandemia.
“É recordar neste exigente ano e meio de pandemia, o acolhimento como estrutura de apoio de retaguarda com 72 pacientes positivos. E como centro de acolhimento da Marinha com 228 pacientes positivos assintomáticos, dos quais 145 não nacionais, e neles vários vindos das estufas de Odemira”, acrescentou.
Marcelo apontou ainda para as “duas equipas de rastreio epidemiológico e de inquéritos epidemiológicos, a integração da ‘task force’ de vacinação, o apoio ao centro de vacinação de Lisboa e Hospital das Forças Armadas” bem como “os núcleos de desinfeção, suportando diversas entidades civis”.
Mais recentemente, salientou, “a imprescindível disponibilidade para o empenho nacional relativamente aos refugiados afegãos”.
É evocar numa palavra, em colaboração com emprego, saúde, Segurança Social, Proteção Civil, um passado, um presente e uma aposta de futuro de serviço a Portugal. Com coragem, determinação, valentia, disciplina, verticalidade, brio, competência, solidariedade e sentido de serviço sempre, mas sempre, verdadeiramente notáveis – durante 17 anos mais todos aqueles que os antecederam e prepararam”, enalteceu.
Marcelo agradeceu assim aos “marinheiros de Portugal, civis, Polícia Marítima” e a todos os já formados na Escola de Tecnologias Navais ou em formação, “esse passado, esse presente e esse futuro em nome de Portugal, que o mesmo é dizer em nome de todos os portugueses”.
Depois da cerimónia militar, na qual foram entregues condecorações e feita uma homenagem aos mortos “em defesa da pátria”, seguida de desfile, Marcelo assistiu a um curto briefing sobre o trabalho da Marinha no combate à pandemia e visitou as instalações adaptadas para doentes Covid-19 e refugiados.
O chefe de Estado português, o Chefe de Estado-Maior da Armada, o secretário de Estado, entre outras personalidades — entre elas a presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros (PS) — tiveram ainda direito a um almoço servido por praças em formação de cozinha nesta escola, nos quais se incluíam cozinheiros, despenseiros e padeiros.