Há quem diga que o jogo que decide o terceiro e quarto lugares num torneio de futebol pode ser “aborrecido” ou até “desnecessário”. Há quem defenda mesmo que devia deixar de acontecer. Porém, este sábado, em Milão, a Itália venceu a Bélgica, por 2-1, num encontro que, devido aos golos que apareceram na segunda parte, até se tornou interessante e decidiu quem terminaria no pódio da Liga das Nações. Ambos os selecionadores efetuaram alterações na equipa inicial, com destaque para a ausência de Hazard e Lukaku nos Diabos Vermelhos.

E esse interesse, que acabou por atribuir o bronze da competição aos italianos, prendeu-se sobretudo com o que aconteceu nos segundos 45′ do encontro, visto que os primeiros foram algo mornos e, aquando do apito para o intervalo da partida, ambos os conjuntos tinham apenas uma oportunidade clara de golo. No entanto, havia um ascendente italiano vindo do primeiro tempo que acabou por ser concretizado logo ao minuto 46′, quando Barella, num pontapé de primeira à entrada da área após um pontapé de canto dos italianos, colocou os transalpinos a vencer por 1-0.

Curiosamente, Barella, que foi essencial na equipa italiana que se sagrou campeã da Europa no Euro 2020, não marcava pelo seu país desde o encontro dos quartos de final da maior competição de seleções da UEFA, precisamente frente à Bélgica.

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Os belgas, que ainda lideram o ranking FIFA, foram obviamente atrás do resultado e até acertaram na trave após sofrerem golo, mas seriam mesmo os italianos, que nas mãos de Mancini são mesmo uma equipa de posse de bola e ataque, a fazer o 2-0, por intermédio de Berardi, na marcação de uma grande penalidade.

Mesmo sendo agora uma equipa que joga mais para a frente, a Itália não deixa de ter as características que sempre pautaram o seu futebol e conseguiram levar a vantagem até ao final do encontro, mesmo que, já em cima do apito final, o jovem de 20 anos Charles de Ketelaere tenha reduzido a desvantagem belga.

Para a história fica mais uma vitória da Itália sobre a Bélgica, a 16.ª em 24 jogos entre estes dois países, sendo que os belgas não vencem um duelo oficial frente à squadra azzurra desde 1972, aquando de um 2-1 na qualificação para o Euro 1972.

Os Diabos foram anjinhos e esqueceram-se que a equipa de egos também tem orgulho (a crónica do Bélgica-França)