O presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência disse esta segunda-feira que o setor da economia social foi uma das grandes “redes de segurança” durante a crise pandémica.

António Costa Silva falava numa conferência que assinalou o Dia Nacional do Mutualismo, que se celebra esta segunda-feira, dedicada ao tema “Como pode o Plano de Ação Europeu para a Economia Social contribuir para potenciar uma economia ao serviço das pessoas e do planeta?”. A conferência teve lugar em Vila Nova de Gaia e foi promovida pela Associação Portuguesa de Mutualidades.

O Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência disse que é fundamental reconhecer que durante a crise pandémica o setor da economia social foi uma das grandes redes de segurança.

“A crise social e económica em Portugal seria mais profunda se não tivéssemos um setor de economia social que atua e aparece e se torna visível nas crises”, disse.

António Costa Silva destacou também que o setor da economia social emerge quando há crises, mas quando estas desaparecem regressa à invisibilidade.

“Desta vez não pode acontecer isto porque o setor da economia social tem uma potencialidade enorme, é uma alavanca de recuperação social e tem padrões de atuação que precisamos na transição de um modelo de desenvolvimento económico social que temos para um novo [modelo]”, adiantou.

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O papel da economia social e das instituições do setor social foi também destacado pelo deputado do Parlamento Europeu Manuel Pizarro que na sua intervenção disse estar expectante quanto ao plano europeu de ação de economia social em preparação.

Manuel Pizarro disse ter a expectativa de que o plano possa trazer o reconhecimento e o conhecimento da importância da economia social no contexto europeu.

“Estou convencido que uma parte dos responsáveis políticos não tem consciência da dimensão e da importância da economia social no contexto europeu”, disse.

Destacou ainda “a extraordinária resiliência que as instituições mostraram face à pandemia de Covid 19” considerando que tudo seria diferente se não existissem.

O deputado do Parlamento Europeu defendeu ainda que é necessário cuidar do financiamento destas instituições considerando que deviam poder aceder a fundos comunitários, o que atualmente não acontece.

Associação Portuguesa de Mutualidades é uma federação de associações mutualistas que congrega 24 das maiores associações mutualistas nacionais, representando sensivelmente 800.000 Associados Mutualistas, ou seja, cerca de 80% de todo o movimento mutualista.