A República do Congo vai plantar 40 mil hectares de floresta para sequestrar mais de dez milhões de toneladas de carbono e combater as alterações climáticas, de acordo com o ministério da Economia Florestal. Este projeto, denominado “BaCaSi”, será desenvolvido em vastas extensões de terra arável perto da localidade de Ngo no departamento dos Plateaux, no centro do país.

O primeiro-ministro congolês, Anatole Collinet Makosso, iniciou hoje o projeto, segundo noticia a agência France-Presse (AFP). “Este é um projeto de grande escala, o primeiro do género em África”, disse Rosalie Matondo, ministra da Economia Florestal, acrescentando que os 40 mil hectares de floresta permitirão sequestrar 10 milhões de toneladas de carbono ao longo de um período de 20 anos. Pelo menos 5% das plantações serão utilizadas para atividades agroflorestais, com o objetivo de criar um milhar de empregos diretos.

O projeto, cujo investimento não foi revelado, será financiado pelo grupo petrolífero francês Total, que explora quase 70% dos hidrocarbonetos do país.

O arranque do projeto coincide com a COP26 em Glasgow, no Reino Unido, onde o Congo tem vindo a defender o financiamento do Fundo Azul para a Bacia do Congo, uma iniciativa para preservar o segundo maior reservatório de carbono do mundo.

Em 2011, o Congo lançou também um Programa Nacional de Arborização e Reflorestação (Pronar) que visava plantar um milhão de hectares de floresta até 2020. Os resultados do Pronar não foram tornados públicos.

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