A inquirição do antigo líder do movimento Nova Ordem Social (NOS) Mário Machado foi adiada para quinta-feira, por o juiz de instrução criminal ter um outro processo pendente para despachar, disse esta terça-feira o advogado do ativista de extrema-direita.

À saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, José Manuel Castro referiu que a diligência para ouvir Mário Machado ainda não tinha começado, adiantando que logo de seguida o juiz “entendeu que seria melhor adiar o prosseguimento das diligências para quinta-feira”, às 14h00, em virtude de não estar “suficientemente dentro do processo e ter outro processo pendente para despachar” ainda esta terça-feira.

Segundo o advogado, Mário Machado já regressou ao estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária (PJ), onde vai pernoitar pela segunda noite consecutiva. José Manuel Castro disse, sem entrar em pormenores, que a matéria constante dos autos é agora “ligeiramente diferente do que foi ontem (terça-feira) noticiado”, admitindo que o tipo de crimes imputados a Mário Machado possa talvez ser ampliado.

Alguns órgãos de comunicação social avançaram na terça-feira que os elementos da PJ que fizeram buscas à residência onde estava Mário Machado, no âmbito do processo ligado a mensagens de incitamento ao ódio escritas por este na Internet, acabaram por detê-lo por ter sido encontrada uma arma de fogo em situação ilegal.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os factos imputados podem ter uma moldura penal mais grave, mas Mário Machado está confiante em sair em liberdade na quinta-feira, mas mediante alguma medida de coação”, anteviu o advogado.

O ativista de extrema-direita foi detido em casa, em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures, por volta das 07h00 de terça-feira.

Mário Machado detido. PJ encontrou tacos de basebol com símbolos da extrema-direita, arma e munições