No espaço de cerca de um ano, morreram 25 crianças e jovens em Inglaterra de causas diretamente relacionadas com a infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, conforme publicado na revista científica Nature Medicine.

Os nossos resultados são 60% mais baixos do que os dados deduzidos dos testes positivos, reduzindo de forma marcada a estimativa de crianças e jovens que estão, potencialmente, em risco de morte durante esta pandemia”, escreveram os investigadores no artigo.

Dos mais de 12 milhões de crianças e jovens que viviam em Inglaterra entre março de 2020 e fevereiro de 2021, morreram 3.105. Destes, 61 testaram positivo para o coronavírus SARS-CoV-2.

No entanto, apenas 25 mortes foram atribuídas diretamente ao coronavírus — o que dá uma taxa de mortalidade de dois por milhão, referem os autores. Destes óbitos, 22 são resultado da doença Covid-19 e três relacionados com a síndrome inflamatória multissistémica pediátrica associada ao coronavírus.

No total, 99,995% das crianças e jovens com um teste positivo ao coronavírus sobreviveu”, escreveram os autores.

A equipa britânica, com membros do Serviço Nacional de Saúde britânico e pediatras, confirmou assim que as mortes de crianças e jovens associadas à infeção com SARS-CoV-2 são raras. Não só a doença é menos grave nestas idades, como nem todas as crianças e jovens infetados morreram na sequência desta infeção.

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