Os dois homens condenados pelo assassinato de Malcolm X foram considerados inocentes, avança o New York Times.

Muhamad Aziz e Khalid Islam passaram várias décadas na prisão depois de serem acusados de matar o ativista, em 1965. Malcolm X, que lutou pelos direitos dos afro-americanos nos anos 50 e 60 do século XX, foi baleado num salão de dança, com 39 anos.

Em 1966, ano em que decorreu o julgamento, dez testemunhas prestaram declarações dizendo que viram Aziz, Islam, ou os dois no momento dos disparos. Só que alguns depoimentos eram contraditórios, e não havia nenhuma prova física que envolvesse os dois suspeitos no assassinato do ativista. Ambos apresentaram álibis, e foram apoiados pelos relatos de alguns amigos e das respetivas mulheres.

No momento em que o terceiro suspeito, Talmadge Hayer, foi presente a tribunal, confessou o crime e insistiu que os outros dois arguidos eram inocentes. Mas, em março de 1966, os três suspeitos foram considerados culpados. Um mês depois, foram todos condenados a prisão perpétua.

Há cerca de dois anos, o procurador de Manhattan e os advogados de defesa dos dois acusados iniciaram uma investigação, que provou que a Polícia de Nova Iorque e o FBI ocultaram provas que poderiam ter levado à absolvição dos arguidos.

Muhamad Aziz e Khalid Islam foram agora considerados inocentes.

Notícia atualizada às 23h43 de dia 18 de novembro com a informaçao de que os homens foram ilibados

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