O secretário de Estado norte-americano pediu esta terça-feira à China que ponha fim às “ações agressivas” na região do Indo-Pacífico.

Num discurso em Jacarta, primeira etapa de uma visita ao Sudeste Asiático, Antony Blinken disse que os Estados Unidos trabalham com os países aliados para “defender o Estado de direito” e salientou que cada país tem o direito de “escolher o próprio caminho, livre de coerção e intimidação”.

“É por isso que há tanta preocupação, desde o Nordeste Asiático ao Sudeste Asiático e desde o rio Mekong até às ilhas do Pacífico, sobre as ações agressivas de Pequim”, frisou, citando como exemplo a reivindicação territorial da China a todo o mar do Sul da China.

Os interesses soberanos do gigante asiático nesta região, através da qual um terço do comércio mundial passa e que alberga importantes jazidas de petróleo e gás e zonas de pesca, colidem com os de outros países como Indonésia, Malásia, Filipinas e Vietname.

Os países da região querem que este comportamento mude e nós também queremos. É por isso que estamos determinados a assegurar a liberdade de navegação no mar do Sul da China, onde as ações agressivas de Pequim ameaçam anualmente três biliões de dólares de movimento comercial”, disse o governante norte-americano.

Blinken vai reunir-se com o homólogo indonésio, Retno Marsudi, seguindo-se uma conferência de imprensa conjunta, antes de viajar para a Malásia, onde planeia discutir o reforço das cadeias de abastecimento globais e trabalhar para assegurar um Indo-Pacífico “livre e aberto”.

Finalmente, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos vai efetuar, na quinta-feira, a última paragem da visita à região em Banguecoque, onde vai reafirmar a aliança com a Tailândia e realizar reuniões com funcionários tailandeses para discutir a recuperação económica após a pandemia da Covid-19, a luta contra as alterações climáticas e a crise em Myanmar.

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