O presidente da CNIS assinalou esta quinta-feira a ação dos primeiros-ministros António Costa e Passos Coelho em conjunturas adversas da vida nacional, mas destacou o antigo ministro socialista Vieira da Silva como “a referência inultrapassável” do setor social.
O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade Social (CNIS), falava após a assinatura do segundo pacto social — cerimónia que se realizou no Palácio Foz, em Lisboa, e que foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e que contou com as presenças do ex-ministro José António Vieira Silva e do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
No seu breve discurso, o padre Lino Maia fez um breve sumário da história dos últimos 25 anos em matéria de relações entre o Estado e as instituições de solidariedade social.
Não podemos ignorar que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e o respetivo ministro, Pedro Mota Soares, no tempo da crise da troika, assim como o atual primeiro-ministro, António Costa, e a respetiva ministra, Ana Mendes Godinho, perante esta período de pandemia da Covid-19, quiseram e souberam estar com o setor social, apoiando-o intransigentemente”, declarou o presidente da CNIS.
No entanto, ao longo dos últimos 25 anos, segundo o padre Lino Maia, “houve um ministro que nesta área da solidariedade serviu a causa pública durante 12 anos e meio, precisamente metade da vigência do primeiro pacto”.
“Primeiro serviu como secretário de Estado, sendo o grande inspirador do primeiro pacto social. Depois, em duas legislaturas, como ministro da área, deu plena expressão ao pacto, nunca embarcando em opções estéreis de desviante estatização dos serviços e sendo sempre fiel ao rumo que o país tinha adotado”, disse.
Ao antigo ministro socialista “José António Fonseca Vieira da Silva devemos muito e muito agradecemos”.
“Embora já não exerça funções ministeriais, para nós, é todavia uma referência muito grata e inultrapassável”, declarou.
Antes, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, tinha classificado a assinatura do ovo pacto social “como um ato político da maior importância”.
“Este pacto não resolverá todos os nossos problemas, mas criará condições para resolvermos a maioria desses problemas”, frisou, numa intervenção em que elogio a atual ministra da Solidariedade, Ana Mendes Godinho.
No final da cerimónia, num gesto simbólico, Manuel Lemos ofereceu ao primeiro-ministro um bolo-rei.