O PAN considerou esta quarta-feira que os autotestes de rastreamento ao coronavírus SARS-CoV-2 devem ser gratuitos, e defendeu que, face à dificuldade em detetar a nova variante, o trabalho dos profissionais de saúde deve ser “repensado”.

Numa declaração, a deputada do PAN Bebiana Cunha reagiu à reunião com especialistas e políticos no Infarmed, afirmando que saíram “algumas ideias” que para o “partido são fundamentais”, designadamente no que se refere ao “acesso gratuito em qualquer parte do território à testagem, por qualquer pessoa”.

“Isto leva-nos a outra questão, nomeadamente dos autotestes poderem passar a ser também gratuitos e poder-se encontrar uma forma de serem certificados por um profissional de saúde”, afirmou a deputada.

Bebiana Cunha sublinhou ainda que, dada a “elevada possibilidade de contágio” da variante Ómicron, o trabalho dos “profissionais de saúde pública” e dos “clínicos de medicina geral e familiar” deve ser “repensado”, uma vez que se está a tornar “impossível controlar” os contactos dos casos positivos, apesar do trabalho “completamente exaustivo”.

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Esse trabalho deve ser repensado até porque estes clínicos e estes profissionais de saúde sabemos bem que estão a ser necessários para dar resposta a outras problemáticas, a outros problemas de saúde que não podem também ser deixados para trás no âmbito desta crise que vivemos”, indicou.

Antevendo a possibilidade de o pico de casos ocorrer na semana entre 24 e 31 de janeiro, coincidindo com a data das eleições legislativas, a 30 de janeiro, a deputada do PAN defendeu que o “Governo deve fazer tudo para garantir que as pessoas se podem inscrever no ato eleitoral antecipado”.

“Depois, sabemos bem que, se as pessoas ficarem infetadas nessa semana de 23 [de janeiro], não há soluções para irem votar. Portanto, há uma necessidade clara de garantir que as pessoas não são obstaculizadas (…) e parece-nos que a solução passa por informar as pessoas, inscreverem-se na possibilidade do voto antecipado”, indicou.