A diretora de Gestão do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Cristina Landeiro, suspeita de ter usado indevidamente dinheiro do organismo, foi exonerada pela ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem.

A decisão está patente num despacho do dia cinco de janeiro, que foi publicado esta quinta-feira em Diário da República, conforme notou o Diário de Notícias. No despacho, pode ler-se que a decisão foi tomada a pedido de Cristina Landeiro e que a ministra termina assim “a comissão de serviço no cargo de diretora central de Gestão e Administração do SEF”.

Cristina Landeiro é suspeita de ter usado dinheiro do SEF para cobrir despesas pessoais. De acordo com uma notícia divulgada pela TVI em setembro de 2021, a antiga diretora financeira terá usado meios do organismo para pagar uma refeição num restaurante mexicano, que incluiu mojitos, no valor de 36,60 euros. A despesa foi justificada como sendo “urgente, imprevisível e inadiável”. A mesma justificação foi dada para pagar uma refeição de sushi no valor de 30 euros através de uma aplicação de entregas ao domicílio.

“Despesas urgentes e imprevisíveis.” Diretora de gestão do SEF usava dinheiros do organismo em refeições

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Para além das refeições, a CNN Portugal avançou ainda em dezembro que o ministério da Administração Interna terá pago uma pós-graduação na Universidade Católica, no valor de 5.850 euros, a Cristina Landeiro.

MAI pagou pós-graduação na Católica a diretora do SEF no valor de quase seis mil euros

Segundo o Diário de Notícias, o SEF abriu um processo de averiguações, estando a Inspeção Geral da Administração Interna a conduzir um inquérito com o objetivo de “apurar eventuais irregularidades financeiras ocorridas na mesma instituição”. Questionada pelo DN se a exoneração foi decidida com base na conclusão desse inquérito, a IGAI garantiu que o mesmo “se encontra a correr termos na IGAI.”