As festas na residência oficial do primeiro-ministro britânico, com consumo de álcool e que não pararam mesmo durante os confinamentos obrigatórios e proibição de ajuntamentos, fizeram cair a popularidade de Boris Johnson para níveis mais baixos que Theresa May antes da saída (menos 22%).

Para tentar recuperar a popularidade entre os eleitores (e os deputados) depois do escândalo já chamado de “Partygate”, Boris Johnson prepara-se para aplicar medidas drásticas: uma “lei seca” nos gabinetes na sede do governo em Downing Street 10 e o despedimento de alguns pessoas próximas, segundo a imprensa britânica.

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Entre os afetados pela “limpeza” de Johnson podem estar: Martin Reynolds, secretário pessoal do primeiro-ministro que convocou a festa para a qual “cada um devia levar a sua própria bebida”; Dan Rosenfield, chefe do pessoal, que chegou a dizer (tal como o primeiro-ministro) que as festas durante o confinamento não tinham acontecido; e Shelley Williams, chefe de operações, que foi o DJ na festa antes do funeral do príncipe Filipe de Edimburgo. E ainda a equipa de comunicação que há-de sair pela porta dos fundos e muitos outros colaboradores que são, também, amigos próximos da mulher do primeiro-ministro.

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Apesar de ter pedido desculpa ao país e perante os deputados, Boris Johnson rejeita a responsabilidade pelas festas, continua a afirmar que não foi avisado da sua realização e que até pensava tratar-se de reuniões de trabalho, segundo o jornal The Sunday Times.

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As medidas de Boris Johnson pretendem antecipar o relatório da investigação interna conduzida por Sue Gray, que, provavelmente, revelaria a cultura de ingestão de álcool regularmente na sede do governo.

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