O presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, visou esta segunda-feira o PS num almoço com a sua Comissão de Honra, apresentada esta segunda-feira. Questionado pelos jornalistas sobre declarações de António Costa — que sugeriu que o país precisa também de uma vacina contra a direita — o presidente da IL apontou:

Essa metáfora dos cuidados de saúde levava-nos muito longe. Também acho que Portugal precisa de um antibiótico contra o estatismo e o socialismo e acho que a IL é a primeira dose desse antibiótico. Mas isso tem pouco conteúdo político, não interessa aos portugueses”, referiu.

Com a mira nitidamente apontada aos socialistas, Cotrim Figueiredo prosseguiu: “Nos últimos dias, sem grande surpresa, o primeiro-ministro tem feito sistematicamente duas coisas. Tem apelado ao voto útil e tem feito uma dramatização e uma instrumentalização do medo que me parece inaceitável. O que está a dizer às pessoas é: se não for o PS, é a desgraça. Só nós é que conseguimos, nós sozinhos é que temos de governar o país”.

PS “tornou-se uma agência de empregos”

Criticando aquilo que considera ser um discurso “muito pouco democrático”, Cotrim desafiou António Costa: “Proponha aquilo que tem a propor aos portugueses. E não é agitar com o OE de 2022 porque esse chumbou e não vai voltar a ser aprovado”.

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A geringonça está morta. O PS vai aprovar Orçamentos com o PAN? Não vai. Portanto diga aos portugueses exatamente o que vai fazer no cenário muito provável de não ter maioria absoluta e de não ser o partido mais votado. É altura do PS não pedir confiança e o voto das pessoas sem dizer exatamente o que vai fazer com ele”, afirmou o presidente da IL.

“Se o sr. primeiro-ministro acha que não tem argumentos e o que tem de fazer é dramatizar e gerar medo nas pessoas, isso é a prova que realmente o PS está completamente vazio de ideias. Não faz ideia de como há-de pôr o país a crescer”, prosseguiu o candidato.

O presidente da IL afirmou ainda que estão a chegar ao partido “muitas mensagens de socialistas desagradados com a forma como este PS se tornou uma agência de empregos e num partido que se agarra ao poder a todo o custo“.