Hong Kong registou este sábado um número máximo de novos casos diários de infeção com SARS-CoV-2, com 351 casos positivos, apesar da política de “zero covid”, disseram as autoridades.
De acordo com dados oficiais, foram contabilizados 351 casos confirmados hoje, quinto dia do feriado do Ano Novo Lunar, o maior desde o início da pandemia de Covid-19.
“Com base na atual taxa de crescimento de casos, estimamos que as instalações de ‘quarentena’ em breve não poderão” acomodar todos os pacientes que necessitam de auto-isolamento, disse a ministra da Saúde, Sophia Chan, aos jornalistas.
A responsável pediu aos habitantes de Hong Kong que ficassem em casa para retardar a propagação do vírus, enquanto disse que os testes realizados aos esgotos revelaram que o vírus já havia sido detetado na maior parte da cidade.
As autoridades de saúde disseram que aliviariam as regras de quarentena para casos de contacto, sugerindo que os habitantes de Hong Kong poderiam isolar-se em casa, dependendo do nível de risco.
Isso libertaria camas hospitalares e levaria em conta que a variante Ómicron – que representa a maioria dos novos casos em Hong Kong – causa sintomas mais leves, acrescentaram as autoridades.
Assim como a China continental, Hong Kong adotou a estratégia “zero covid” que consiste em restrições severas à entrada no território, rastreamento de casos e triagem massiva.
Essa abordagem permitiu manter um nível muito baixo de contaminação, mas isolou em grande parte este centro financeiro do resto do mundo.
Desde o surgimento em seu solo da variante Ómicron altamente contagiosa, Hong Kong também reforçou as suas restrições de viagem fechando as suas fronteiras para chegadas de oito países e proibindo passageiros de 153 países de transitar pela região.
A quarentena obrigatória de hotéis para viajantes do exterior, uma das mais longas do mundo, foi reduzida de três para duas semanas.
Desde o início da pandemia, Hong Kong registou mais de 15.000 casos confirmados de coronavírus e 213 mortes.