A Polícia Judiciária está já a recolher informações junto das autoridades de outros países, através da cooperação internacional, no âmbito da investigação aberta às falhas na rede da Vodafone. O inquérito, que pretende apurar “a autoria do crime e os seus efeitos colaterais”, foi aberto assim que surgiram notícias das falhas de rede da operadora e das suspeitas em torno de um possível ataque informático, tendo sido anunciada uma conferência de imprensa para as 20h desta terça-feira.
“Em estreita articulação com a operadora de telecomunicações, a Polícia Judiciária está a envidar esforços na recolha de indícios e indicadores de compromisso que permitam avaliar e conhecer a origem, a extensão e motivação do ato criminoso”, esclareceu ao final da tarde desta terça-feira fonte oficial.
A Judiciária adianta ainda que, “como tem vindo a ser noticiado”, ainda existem “algumas dificuldades da operadora na prestação dos seus serviços, havendo ecos de alguns constrangimentos tanto no setor público como no privado”. Como o Observador já noticiou, os efeitos fizeram-se sentir em diversas áreas: bancos, bombeiros, INEM e hospitais.
Vodafone. Tudo o que parou no país ou está com problemas devido ao ataque
Não houve qualquer outro ataque, diz PJ
As autoridades esclarecem que tendo em conta o que já é conhecido, as dificuldades relatadas nas últimas horas nestas áreas “estão unicamente relacionadas com esta situação concreta da operadora de telecomunicações de não com outros alvos ou ataques informáticos”.
A cooperação internacional já ativada, prende-se com o facto de “a dimensão global do ciberespaço”, que tem potenciado o aumento deste tipo de ataques, assumir, em regra, “uma dimensão internacional”. Nesse sentido, remata o comunicado da Polícia Judiciária foi desencadeado “de imediato contacto com as suas congéneres, em sede de cooperação policial internacional, no intuito de recolher mais e melhor informação”.