O corpo de um homem de 41 anos, que morreu afogado em Itália, testou 28 vezes positivo à Covid-19 nas seis semanas seguintes à sua morte.
Os médicos que examinaram o corpo acreditam que o homem de nacionalidade ucraniana estava assintomático aquando da morte. Durante a autópsia e como mero procedimento de rotina, realizaram um primeiro teste à Covid-19, que deu positivo. As restantes testagens foram sempre realizadas pela mesma equipa.
Num estudo publicado na Universidade D’Annuzio di Itália, os investigadores que colaboraram com os médicos referem que o corpo foi mantido durante 41 dias a uma temperatura constante de 4 graus Celsius e dentro de um saco impermeável.
Com a investigação, os cientistas querem alertar para a importância de realizar testes à Covid-19 em todas as autópsias e não apenas em mortes relacionadas com o coronavírus.
O estudo, deste que é um “caso raro”, permitiu esclarecer que o SARS-CoV-2 e as mazelas respiratórias provocadas pelo vírus podem persistir num corpo até 41 dias depois da morte da pessoa.
Para estimar o quão contagioso o vírus é nos cadáveres são precisos mais estudos”, pode ler-se na investigação.
O corpo foi enterrado no 41.º dia, o que leva os médicos a lamentar não terem conseguido fazer mais testes para estudar o risco de transmissibilidade da Covid-19 nos cadáveres.
O homem de 41 anos desapareceu enquanto nadava no mar com os seus amigos perto da cidade italiana de Chieti. O corpo foi encontrado preso entre rochas cerca de 16 horas depois.