Marcelo Rebelo de Sousa falou pela primeira vez da passagem da pandemia a endemia no último dia do ano passado. Não aconteceu, mas o Presidente da República acredita que desta é que é: a reunião do Infarmed que pode acontecer na próxima quarta-feira deve dar o pontapé de saída para a “fase de transição da pandemia para a endemia. A ideia é ser ainda o Governo que geriu a pandemia a antecipar esta nova fase”.
A data provável da reunião foi avançada por Luís Marques Mendes, comentador e conselheiro de estado, na SIC, mas Marcelo ainda não tem a certeza de que esse seja mesmo o dia. Em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa com o presidente da Eslovénia (que está de visita oficial a Portugal), explicou apenas que o primeiro-ministro já lhe tinha dito que “andava a preparar uma reunião” e que o calendário haveria de ficar fechado ainda esta noite “quem sabe no jantar com o presidente esloveno” (mais uma iniciativa da visita oficial do homólogo).
Sobre o que pode sair deste encontro de especialistas em saúde pública e políticos, o chefe de estado acredita que ninguém se vai surpreender porque é “aquilo que tem vindo a público” e fala em “redução das restrições”. Como base para estas decisões está a “redução do número de casos e diminuição do número de internamentos e do número de mortes. Tudo a caminhar no mesmo sentido“.
Tomada de posse do Governo. “Mantém-se, em principio, a data”
À margem da inauguração de um banco de jardim “alusivo à amizade entre Portugal e a Eslovénia” em Belém, Lisboa, o Presidente da República foi questionado sobre a data da tomada de posse do Governo e explicou que, “em princípio” a data deve “mantém-se”. Para que o dia fosse antecipado seria preciso que “houvesse uma aceleração do processo”, nomeadamente uma decisão do Tribunal Constitucional “já hoje” e “serem publicados os resultados amanhã”.
Marcelo Rebelo de Sousa não acredita que seja possível antecipar os prazos, mas não comenta a anulação de 80% dos votos dos emigrantes: “Registei a intenção dos partidos políticos de suscitarem a questão no parlamento em termos de clarificação da lei eleitoral”, conclui enquanto se vai afastando dos jornalistas lado a lado com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que também participou nesta cerimónia.