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Garrafas de vinho setubalense utilizadas para cocktails molotov contra as tropas russas

Este artigo tem mais de 2 anos

Num vídeo onde se vê o fabrico de diversos cocktails molotov, destaca-se um vinho português entre as diversas garrafas utilizadas para fabricar as bombas incendiárias caseiras.

vinho portugal cocktail molotov
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Foram exportados "cerca de 35 milhões de euros de vinho português" para o mercado russo, em 2021

Reprodução Radio Free Europe/ Radio Liberty

Foram exportados "cerca de 35 milhões de euros de vinho português" para o mercado russo, em 2021

Reprodução Radio Free Europe/ Radio Liberty

Com o avanço das tropas russas na Ucrânia, vários foram os civis ucranianos que se mobilizaram para travar o avanço russo.

Alguns pegaram em armas e juntaram-se aos grupos paramilitares que defendem o país, outros construíram “ouriços”, objetos metálicos que causam obstáculo aos veículos militares, e outros construíram — e utilizaram — cocktails molotov.

Num vídeo divulgado pela Radio Free Europe/Radio Liberty, é possível ver, de entre as diversas garrafas utilizadas para fabricar as bombas incendiárias caseiras, uma garrafa de vinho português — mais especificamente, o vinho de Setúbal da Adega de Pegões.

Os mercados ucraniano e russo são o 29.º e 18.º na exportação de vinhos portugueses, segundo explicou ao Observador Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, que deu igualmente conta do impacto que a invasão da Ucrânia representa para a exportação de vinho nacional.

Sabemos que a Rússia é o principal mercado para alguns produtores nacionais, em diferentes regiões, mas de baixa importância para outros. Por essa razão, o impacto será muito diferente entre as regiões e os produtores”, explicou Frederico Falcão.

Em 2021, as exportações diretas de vinho nacional para a Rússia representaram, segundo o INE, cerca de 11 milhões de euros, embora, com a soma de países vizinhos cujo destino final das exportações sejam igualmente a Rússia, a VniPortugal estime que “o mercado russo importe cerca de 35 milhões de euros de vinho português“.

Mais afetado será o mercado da Ucrânia, para o qual exportámos em 2021 cerca de 3,3 milhões de euros em vinho. Neste mercado esperamos uma queda maior, em termos percentuais”, esclareceu o presidente da ViniPortugal. “Eram dois mercados a crescer bastante nas importações de vinho português e onde os nossos vinhos cresciam a um ritmo superior aos nossos concorrentes mundiais.”

Esta segunda-feira, o ministério da Defesa da Ucrânia partilhou uma publicação na rede social Twitter onde explicou os sítios mais vulneráveis a cocktails molotov nos veículos militares russos — tanto os camiões com os tanques das tropas russas.

Vulnerabilidades dos veículos inimigos. Vençam os ocupantes. Vamos vencer juntos!“, é possível ler na publicação do ministério da Defesa.

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