O lucro da Nos subiu 56,7% no ano passado, face a 2020, para 144,2 milhões de euros, anunciou a operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida, que vai propor em assembleia geral um dividendo por ação de 27,8 cêntimos, em linha com o do ano passado, num total de 143 milhões de euros, ou seja a quase totalidade dos lucros.

“O resultado líquido consolidado situou-se em 144 milhões de euros, valor que compara com 92 milhões registados no ano passado, e que supera ligeiramente os registados pré-pandemia de 2019”, adianta a Nos, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No ano passado, as receitas da Nos cresceram 4,6% para 1.430 milhões de euros, “valores que consolidam a trajetória positiva de crescimento e a solidez das operações”. No quarto trimestre as receitas subiram 8,8% face ao período homólogo de 2020.

As receitas de telecomunicações “apresentaram em 2021 uma evolução positiva de 4,1% para 1.401 milhões de euros e na área de cinemas e audiovisuais, as receitas cresceram 24,6% para 67 milhões de euros”, adianta a empresa.

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O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) atingiu os 618 milhões de euros, “um crescimento de 2,5% face ao exercício anterior”, sendo que “o bom desempenho das telecomunicações e a retoma da atividade de exibição cinematográfica impulsionaram um crescimento de 6,3% no último trimestre do ano face ao mesmo trimestre de 2020”.

No período em análise, a Nos reforçou os investimentos, “em particular na área de comunicações”, sendo que o capex [investimento] total do grupo, excluindo contratos de leasing, aumentou 49% e atingiu 574 milhões de euros.

A dívida financeira líquida situou-se “nos 1.032 milhões de euros, representando duas vezes o EBITDA após leasings, um rácio conservador face às congéneres do setor”, refere.

2021 foi mais um ano de forte crescimento operacional, com reflexo em todos os segmentos de telecomunicações e com a área de cinema e audiovisuais a conquistar uma dinâmica positiva face ao ano anterior”, diz a empresa em comunicado.

No final do ano passado, a Nos prestava “mais de 10,3 milhões de serviços, entre os quais 1,65 milhões de serviços de televisão paga; 5,35 milhões de serviços móveis, dos quais mais de 61,5% pós-pagos; e cerca de 1,5 milhões de serviços de internet de banda larga fixa”.

Os serviços convergentes atingiram um total de 5,23 milhões no final de 2021, e aumentando para 64,4% a penetração destes serviços na base de clientes de acesso fixo.

No final de 2021, a Nos contava “com 1,581 milhões de serviços empresariais, mais 52 mil serviços do que no final do período homólogo de 2020”.

Na área de entretenimento, a Nos Cinemas vendeu 3,451 milhões de bilhetes, mais 49,4% face a 2020, ano em que, durante um período, as salas estiveram encerradas.

“Estes valores são sustentados pelo levantamento gradual das restrições Covid-19 e pelo regresso dos blockbusters ao grande ecrã, alguns dos quais tinham visto os seus lançamentos repetidamente adiados desde o início da pandemia”, justifica a Nos.

“O segmento de audiovisuais também beneficiou da retoma da exibição cinematográfica, tendo a Nos distribuído cinco dos 10 filmes mais vistos”, remata.

5G em promoção até final de março de 2022

Sobre o leilão 5G, a Nos destaca o “maior investimento realizado e a maior quantidade de espectro adquirido”, tendo sido “o primeiro operador em Portugal a lançar oficialmente o serviço comercial” de quinta-geração, no dia 26 de novembro.

Aponta que “ofereceu a possibilidade de os seus clientes utilizarem gratuitamente a rede 5G até ao final de março de 2022, promoveu descontos de até 150 euros em equipamentos e ofereceu 55GB de dados”.

A nova tecnologia “encerra um potencial que não tem paralelo com outras tecnologias existentes e a Nos está apostada em tornar o acesso a esta tecnologia universal a todos os portugueses”, sublinha a operadora.

“No último ano, a Nos manteve a ambição de fazer crescer a sua rede fixa gigabit” e “o número de casas com acesso a redes de maior largura de banda atingiu 5,12 milhões, dos quais mais de metade cobertas com fibra ótica”.

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