A luz noturna média na Ucrânia diminuiu drasticamente com o início da invasão russa. Numa noite de janeiro, as imagens de satélite captaram a iluminação normal de Kiev, Kharkiv, Rivne, entre várias cidades. Já na noite de 25 de fevereiro, nessas precisas localizações, encontra-se um país às escuras, comprovado pelas manchas amarelas visivelmente menores. Assim o mostram as novas fotografias do Payne Institute for Public Policy, fornecidos à CNN.
Há razões estratégicas por trás deste gesto. Por exemplo, a iluminação pode revelar onde está a ocorrer atividade incomum no solo. A 28 de fevereiro avistou-se fontes de luz invulgares a oeste e a norte de Kiev (a segunda imagem do post abaixo), o que pode ser atribuído às tentativas da coluna militar russa de chegar à capital ucraniana.
#Russia-Ukraine War: #Satellite imagery shows #Ukraine going #dark as #Ukraine defends against a #Russian invasion, lights across the country have #dimmed. pic.twitter.com/rFUaRVVBfB
— Gopal Sengupta (@senguptacanada) March 4, 2022
“É uma loucura os russos terem as luzes acesas”, considerou Jeffrey Lewis, especializado na área das armas e professor do Instituto de Estudos Internacionais de Middlebury, à CNN. “A imagem é notável – parece sugerir que as forças russas têm uma fraca disciplina no que toca à luz”. Como razões para tal, Lewis aponta a falta de equipamento ou o fraco treino em situações noturnas.
Coluna militar russa que se dirigia para Kiev não está a conseguir avançar. Há vários motivos
Noutras imagens de satélite da “noite horrível” de 26 de fevereiro, o Earth Observation Group detetou o incêndio no depósito de petróleo perto da Base Aérea de Vasylkiv. Na publicação, a organização referiu ainda que há lugares particularmente “brilhantes”, como a Central Nuclear de Chernobyl, na altura já nas mãos da Rússia.
Under curfew, most cities in Ukraine are much dimmer than they used to be. But we still see some places being particularly bright. Such as Chernobyl Nuclear Power Plant and Buryakivka radioactive waste site near the northern border. (2/3)
— EarthObservationGroup (@eogatpayne) February 28, 2022