A Nos não esconde que nos últimos meses tem vindo a assistir a aumentos progressivos de ataques informáticos, “nunca nada da escala do da Vodafone”, mas tem vindo a aumentar, assumiu Miguel Almeida, presidente executivo da operadora, em conferência de imprensa na qual apresentou os resultados de 2021, ano em que lucrou 144 milhões de euros, voltando a níveis pré-pandémicos.

Questionado sobre as movimentos em relação a ataques informáticos dos últimos tempos, Miguel Almeida assumiu esse aumento, garantindo que “por causa disso e pelo facto de termos mais infraestruturas virtualizadas a cibersegurança é uma área de grande investimento, financeiro e de recursos humanos”, mas, acrescentou, “é um jogo do gato e do rato”.

A Nos garante que vai “montando defesas e mecanismos de segurança e os piratas vão ficando melhores. É um jogo que nunca acaba”.

Miguel Almeida não esconde que o ataque à Vodafone e o próprio desenvolvimento geopolítico “levam a ter muito mais atenção ao tema e o foco e mais atenção das equipas, mais investimento também para introduzir medidas de segurança e barreiras que ajudam a manter os piratas afastados”, mas diz que não dá valores de investimentos da Nos nesta área da cibersegurança até porque, acrescenta, “está imbutido em todos os investimentos que fazemos”.

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Jorge Graça, administrador da Nos, acrescentou, na mesma conferência, que “temos sempre investimento contínuo nessa área”, mas assume que “a tipologia e a natureza dos ataques alteraram-se. Tornou-se mais destrutiva. Temos de estar mais atentos”. Mas acrescenta: “é impossível garantir que não acontece”, mas “tentamos criar as proteções possíveis e temos equipas e rotinas de recuperação rápida e célere”.

A Vodafone foi, no início de fevereiro, alvo de ataque informático, tendo ficado todos os seus serviços em baixo. Demorou mais de dois dias a ficar estabilizado.

Vodafone: “todos os dias somos objeto de ataques e defendemo-nos todos os dias”