Os iates de luxo e algumas contas bancárias confiscadas pelas autoridades italianas já chegaram à marca dos 140 milhões de euros. Com uma costa habitualmente frequentada pelos milionários, o governo italiano montou operações para confiscar os bens aos oligarcas russos antes que conseguissem fazer os bens sair do país.

“Está em curso a adoção de procedimentos de congelamento no território italiano de bens móveis e imóveis propriedade dos russos elencados na lista [da União Europeia], explica à agência de notícias italiana ANSA, o ministro da Economia acrescentando que a cifra já chegou aos 140 milhões de euros.

O jornal La Repubblica relata também esta sexta-feira uma operação que envolveu vários carros das autoridades e ainda um barco patrulha para evitar qualquer tentativa de fuga na hora de apreender o iate “Lady M” do oligarca Alexei Mordashov. A embarcação, batizada com a inicial do nome da esposa do oligarca tem 65 metros e está avaliada em 55 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros).

Segundo a Bloomberg, Alexei Mordashov era em 2021 o quarto homem mais rico da Rússia, muito próximo de Vladimir Putin.

Ao mesmo tempo, também o iate “Lena” de Gennady Timchenko, ancorado em Sanremo era apreendido no quadro das sanções europeias aplicadas à Rússia. O navio com 40 metros está avaliado também em 50 milhões de euros.

Oleg Savchenko, que tinha o iate avaliado em cerca de três milhões de euros, aportado na na Villa Lazzareschi na pitoresca cidade de Lucca, na Toscânia, também não passou ao lado das apreensões das autoridades italianas.

O Ministério da Economia e Finanças italiano reuniu o comité de segurança financeira, depois de um pedido da Banca d’Italia — o banco central italiano — para clarificação dos procedimentos, com o objetivo de criar uma task force que se encarregue de prever as “medidas de congelamento de fundos e recursos económicos” dos oligarcas russos atingidos pelas sanções decretadas pela União Europeia.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR