Os embaixadores dos 27 Estados-membros junto da União Europeia (UE) chegaram esta segunda-feira a acordo para pedir à Comissão Europeia para avaliar os pedidos da Ucrânia, Geórgia e Moldávia para obterem o estatuto de países candidatos ao bloco comunitário.

“Acordo no Coreper [representantes permanentes dos Estados-membros] para convidar a Comissão Europeia a apresentar um parecer sobre cada um dos pedidos de adesão à UE apresentados pela Ucrânia, Geórgia e Moldávia “, anunciou a presidência francesa do Conselho.

Numa publicação na rede social Twitter, a presidência francesa do Conselho da UE adianta que foi lançado um “procedimento escrito para validação pelo Conselho dos projetos de cartas destinados a solicitar o parecer da Comissão da UE”.

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Segundo o Politico, apesar de ser apenas um procedimento técnico, este gesto ganhou um valor simbólico. Isto porque, durante alguns anos, vários Estados-membros da União Europeia estiveram relutantes em aceitar mais países no bloco comunitário.

Contudo, em altura de aceso confronto armado em território ucraniano devido à invasão russa, as prioridades da UE mudaram. De acordo Thomas de Waal, especialista em assuntos europeus ouvido pelo Politico, Bruxelas alterou a estratégia, de forma a assegurar “a sobrevivência” de países fora da UE, temendo uma invasão russa. Vladimir Putin já deu sinais de querer expandir o território — e o Joe Biden acredita mesmo que o Presidente russo quer “restabelecer a União Soviética”.

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Este anúncio dos diplomatas surge também uma semana depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter assinado o pedido formal para a entrada do país na UE, solicitando o estatuto de candidato, e dias depois de a Geórgia e a Moldávia terem dado passos no mesmo sentido.

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A Comissão Europeia já veio, porém, recordar que “há um procedimento a respeitar”, complexo e moroso.