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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 21.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 2 anos

As forças russas bombardearam um teatro e uma piscina em Mariupol, onde mais de mil pessoas estavam refugiadas, incluindo mulheres e crianças. Autarca de Melitopol, raptado há 4 dias, foi libertado.

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SOPA Images/LightRocket via Gett

SOPA Images/LightRocket via Gett

Ao 21.º dia de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, foram retomadas as negociações para tentar chegar a um acordo para um cessar-fogo em território ucraniano. Entre pausas nas conversas entre as delegações russa e ucraniana, várias cidades ucranianas, incluindo a capital, têm sido alvo de bombardeamentos.

As forças militares russas continuam a atacar a cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, e também continuam as tentativas de cercar Kharviv, registando-se bombardeamentos, destruição e vítimas todos os dias.

Em relação a Kherson, apesar de ter sido anunciado o controlo desta região pela Rússia, os militares de Moscovo não avançaram para as principais cidades, que são Zaporizha e Mykolaiv. Já em Odessa, onde se registaram bombardeamentos, a Rússia ainda não conseguiu colocar tropas nesta cidade portuária.

Já durante a manhã, Justin Bronk, do Royal United Services Institute, fez o ponto de situação à BBC e referiu que o centro de Kiev está a ser atingido, pontualmente, por mísseis balísticos e de cruzeiro e que os ataques mais fortes estão a ser registados a norte da capital.

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Em Odessa, as tropas russas conseguiram fazer avanços e bombardearam a cidade portuária ucraniana durante a noite de terça-feira e voltaram a aproximar-se esta manhã.

Fica aqui um ponto de situação. Pode também seguir os desenvolvimentos, minuto a minuto, no liveblog do Observador, que estão também a ser contados pelos enviados especiais do Observador à Ucrânia, Pedro Jorge Castro e João Porfírio.

O que é que aconteceu durante a noite?

  • Depois de um ataque a um teatro em Mariupol, onde estavam refugiadas milhares de pessoas, foi noticiado que as forças russas atingiram também uma piscina na cidade, com o parlamento ucraniano a dizer que há “crianças e grávidas debaixo de escombros”.

Forças russas bombardeiam teatro e piscina em Mariupol onde estavam crianças, diz Ucrânia

  • A violência em Mariupol fez com que 426 pessoas, incluindo 2.039 crianças, tenham fugido da cidade esta quarta-feira, com destino a Zaporíjia, de acordo com a vice-primeira-ministra da Ucrânia.
  • O autarca de Melitopol, raptado há 4 dias, foi libertado por uma operação que envolveu a troca de 9 soldados russos capturados e que, segundo as autoridades ucranianas, eram “praticamente crianças”.
  • O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que Vladimir Putin é um “criminoso de guerra”. Biden respondeu assim a perguntas dos jornalistas à margem de um evento na Casa Branca. A resposta do Kremlin não se fez esperar: o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, diz que são declarações “inaceitáveis” e fazem parte de uma “retórica imperdoável”.

Joe Biden chama a Vladimir Putin “criminoso de guerra”. Kremlin diz ser “inaceitável”

  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que as negociações de paz têm de ter em conta o fim da guerra e a “restauração da integridade territorial”. Em mais um vídeo divulgado ao fim da noite, pediu aos soldados russos para se renderem: “Por é que vocês precisam disto?”
  • ONU confirmou a morte de pelo menos 726 civis em 20 dias de guerra.
  • As autoridades russas aprovaram o pagamento de juros da dívida em dólares usando ativos alvo de sanções. “A bola está do lado da América”, diz ministro russo. Se bloquearem, o país entra em default.

Rússia prestes a deixar “calote” ao resto do mundo – mas o Ocidente não está preocupado

O que aconteceu durante a tarde?

  • A ideia de uma Ucrânia desmilitarizada como a Áustria pode ser vista como um “compromisso” capaz de resultar no fim da guerra, disse um porta-voz do Kremlin.
  • O Kremlin indicou que Vladimir Putin está disponível para voltar a falar com Joe Biden, com quem não conversa desde que a guerra começou na Ucrânia.
  • Putin admite que sanções do Ocidente vão levar a “inflação e desemprego”. “Não vai ser simples”, apontou, acusando também o Ocidente de “cancelar” a Rússia.
  • Por sua vez, a Ucrânia rejeitou uma posição de neutralidade semelhante à de países como a Áustria ou a Suécia.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia acusou as forças russas de terem sequestrado o presidente da Câmara de Skadovsk, Oleksandr Yakovlyev, e o seu adjunto, Yurii Palyukh.
  • A falar no Congresso norte-americano, Volodymyr Zelensky pediu aos norte-americanos para se lembrarem “de Pearl Harbour” e do “11 de setembro”. Voltando a pedir aviões, o Presidente ucraniano pede uma nova “união de países responsáveis” para responder a desastres humanitários.
  • Da parte da NATO, o secretário-geral, Jens Stoltenberg, reafirmou que os aliados não querem pôr tropas da aliança atlântica na Ucrânia. “Os aliados estão unidos no que diz respeito ao facto de a NATO não avançar com forças no terreno ou no espaço aéreo da Ucrânia”.
  • Por sua vez, Joe Biden divulgou mais apoio militar à Ucrânia, que só esta semana já mobilizou mais de mil milhões de dólares. “Esta pode ser uma batalha longa e difícil… mas vamos manter a pressão”, prometeu o Presidente norte-americano.
  • O Tribunal Internacional de Justiça ordenou à Rússia para suspender invasão e mostra-se “preocupado” com o que se passa na Ucrânia.
  • Já o Procurador do Tribunal Penal defende “tolerância zero” para crimes sexuais, raciais e contra crianças na Ucrânia.
  • A jornalista e produtora do Canal 1 russo, que interrompeu um noticiário para protestar contra a invasão da Ucrânia com um cartaz, sinalizou que está preocupada com a sua segurança e espera que o protesto que protagonizou não tenha sido em vão. Marina Ovsyannikova pede que o povo russo abra os olhos à propaganda.
  • Por cá, João Gomes Cravinho disse que, apesar do ministro da Defesa polaco ter levantado a questão, “ainda não há condições para missão de paz na Ucrânia e que, para isso, “é fundamental que a Rússia aceite um cessar-fogo no país”.
  • O partido Pessoas-Animais-Natureza enviou esta quarta-feira um ofício ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a pedir a marcação de uma sessão solene de homenagem ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
  • Na última hora, soube-se que as forças russas terão bombardeado um teatro que servia de refúgio a várias crianças na cidade cercada de Mariupol. Moscovo nega.
  • O presidente da câmara de Melitopol terá sido libertado do cativeiro na sequência de uma operação especial ucraniana.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O governo ucraniano atualizou os números referentes à invasão russa. O ministério da Defesa disse que 14 mil militares russos morreram desde o início da guerra. E o Ministério Público ucraniano avançou que 103 crianças morreram no mesmo período.
  • O Kremlin disse que que Vladimir Putin está disponível para voltar a falar com Joe Biden, com quem não conversa desde que a guerra começou na Ucrânia.
  • A Ucrânia acusou as forças russas de terem sequestrado o presidente da Câmara de Skadovsk, Oleksandr Yakovlyev, e o seu adjunto, Yurii Palyukh. “Os Estados e as organizações internacionais devem exigir à Rússia a libertação imediata de todos os funcionários ucranianos sequestrados!”, escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no Twitter.
  • As forças-armadas ucranianas estão a lançar contra-ofensivas que visam as forças russas “em várias áreas operacionais”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak, acrescentando que este cenário “muda radicalmente o estado de espírito de cada uma das partes”.
  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse esta manhã que a reunião dos ministros da Defesa da aliança atlântica, que se realiza em Bruxelas, vai discutir as “consequências imediatas” da invasão russa à Ucrânia, inclusive as consequências para a organização da própria NATO.
  • Os Países Baixos anunciaram que vão continuar a enviar armas para a Ucrânia.
  • António Costa também falou sobre a guerra na Ucrânia, a propósito da sua participação numa conferência de alto nível sobre o Mecanismo de Recuperação e Resiliência. a guerra na Ucrânia, o aumento dos combustíveis e a incerteza face ao que ainda poderá acontecer, “terão inevitavelmente consequências nas nossas economias”.
  • Os líderes polaco, checo e eslovena regressaram à Polónia depois de visitarem Kiev.
  • Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, disse que as negociações de paz com a Ucrânia não são fáceis, embora exista esperança em alcançar um compromisso. “O status neutro está agora a ser seriamente discutido, claro, com garantias de segurança”, disse Lavrov.

O que aconteceu durante a madrugada?

  • Em Kiev, um prédio de 12 andares ficou destruído, depois de um bombardeamento das forças russas. Segundo os serviços de emergência ucranianos, duas pessoas ficaram feridas e 37 foram retiradas do edifício. As informações ao início da manhã avançavam que as buscas ainda não terminaram.
  • Também em Odessa e Zaporíjia, no sul da Ucrânia, foram ouvidas explosões, não havendo ainda registos de vítimas.
  • As forças ucranianas avançaram que três helicópteros russos terão explodido depois de um ataque dos militares ucranianos, no aeroporto de Kherson.
  • Zelensky falou sobre as negociações e admitiu que o cenário é agora “mais realista”. “São difíceis, mas importantes, porque qualquer guerra termina com um acordo”, admitiu o presidente ucraniano.
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