Joe Biden nunca tinha sido tão claro. Sem recorrer a qualquer eufemismo, o Presidente dos Estados Unidos chamou esta quarta-feira à tarde “criminoso de guerra” a Vladimir Putin, à margem de um evento na Casa Branca.

O chefe de Estado norte-americano foi questionado pelos jornalistas diretamente sobre se considerava Vladimir Putin um “criminoso de guerra”. Inicialmente, negou; mas depois, voltou atrás e confirmou.

Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, já saiu em defesa de Joe Biden: “Os comentários do Presidente falam por si”. Sinalizou também que o chefe de Estado “estava apenas a ser genuíno” depois de ter visto imagens das “ações bárbaras de um ditador brutal”.

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Jen Psaki acrescentou que continua em andamento um “procedimento legal no Departamento de Estado” relativo à qualificação legal de “crimes de guerra” cometidos pela Rússia na Ucrânia.

Até agora, nenhum governante norte-americano tinha utilizado publicamente os termos “criminoso de guerra” ou “crimes de guerra”, ao contrário de outros estados ou organizações internacionais.

Em resposta, um porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, caracterizou as declarações de Joe Biden como “inaceitáveis”, fazendo parte de uma “retórica imperdoável” de um líder de um país “cujas bombas” já “mataram milhões de pessoas”.