A ONU confirmou esta quinta-feira que pelo menos 1.035 civis morreram e 1.650 ficaram feridos na guerra da Ucrânia, um mês após a invasão russa, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores.
Das vítimas mortais confirmadas pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), 90 são crianças, e há também 118 menores entre os feridos, de acordo com as estatísticas diariamente atualizadas.
O organismo internacional, dirigido pela Alta-Comissária Michelle Bachelet, insiste que a maioria das vítimas civis morreram ou ficaram feridas devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de ‘rockets’, mísseis e bombardeamentos aéreos.
A ONU teme que os números de vítimas da guerra na Ucrânia, que entrou esta quinta-feira no seu 29.º dia, aumentem consideravelmente quando houver maior acesso a cidades cercadas ou sob intensos combates, caso de Mariupol e Volnovakha (ambas na região separatista de Donetsk), Izium (Kharkiv) e diversas localidades nas regiões de Lugansk e Sumy.
O direito internacional considera que os ataques perpetrados contra civis e infraestruturas não-militares num conflito podem constituir crimes de guerra.