Há muitos veículos que combinam o cruise control adaptativo com o lane centering, o que permite aos condutores relaxarem a atenção que colocam na estrada, uma vez que o veículo garante a distância ao carro da frente, trava e acelera quando é necessário e não abandona o centro da sua faixa de rodagem. É claro que depois há modelos em que este sistema de Nível 2 de condução autónoma funciona melhor que outros, mas será sempre obrigação do condutor estar atento, tanto mais que é o único responsável por qualquer acidente. A Mercedes prepara-se lançar o seu Drive Pilot, que afirma ser de Nível 3 e que permitirá retirar as mãos do volante, com a garantia que, em caso de acidente, quem paga é a marca.
O construtor alemão tem vindo a desenvolver o sistema de condução autónoma com a Bosch como parceiro técnico, pelo menos desde 2018. No final de 2021, o Governo alemão autorizou a Mercedes a utilizar o Drive Pilot na via pública, mas apenas em certos troços de auto-estrada e até 60 km/h, condições em que quem vai ao volante pode delegar no automóvel a “condução” do veículo. A autorização foi concedida com a condição de que a Mercedes assumirá toda a responsabilidade, caso o veículo provoque qualquer acidente ou danos e o sistema esteja ligado.
Além de começar a utilizar o seu Nível 3 na Alemanha, a Mercedes espera autorização para começar a testá-lo também nos EUA, no final de 2022. Especificamente na Califórnia e no Nevada, estados onde outros sistemas de Nível 3, como o Waymo da Google, o Autopilot da Tesla e o SuperCruiser da GM estão há muito a ser testados.
A solução da Mercedes prevê sistemas redundantes para travões e direcção, entre outros, utilizando a tecnologia convencional na condução autónoma, com um misto de radares, câmaras e LiDAR. O arranque dos testes na via pública vai permitir que se torne evidente o nível de eficiência do Drive Pilot, bem como os problemas que ainda tem pela frente.