Supermercados com prateleiras vazias, ruas desertas e cidadãos em casa — exceto quando vão fazer o teste à Covid-19. Com 25 milhões de habitantes, a cidade de Xangai está desde esta segunda-feira sujeita a um confinamento por setores para tentar reduzir a curva de contágio da Covid-19 que volta a atingir a China, devido à variante Ómicron.
De momento está apenas confinada a região mais a leste da cidade, conhecida como Pudong. A partir desta sexta-feira, 1 de abril, o processo avança para a zona oeste de Xangai, Puxi, do outro lado do rio Huangpu.
Covid-19: Xangai inicia confinamento por setor para conter surto
Além das imagens aéreas que mostram uma cidade sem qualquer atividade — os serviços de transportes públicos estão fechados, por exemplo –, nas redes sociais circulam já vídeos de longas filas e algumas pessoas a lutar pela última unidade de um produto em várias lojas. Este é o maior confinamento que a China decretou desde o início da pandemia e durará, pelo menos, nove dias.
【上海突击封城】
【市民只有几小时储备物资】
上海市政府上周对封城抗疫的态度仍然摇摆不定,甚至有专家认为不可行。
直至3月27日晚,市政府就宣布分区封城,上海市以黄浦江为界,分区分批实施核酸筛查,期间在封控全区。
全城市民只有几小时应变,大批市民通宵在超级市场晚上抢购物资。 pic.twitter.com/woPizOAkOQ— 自由亚洲电台 (@RFA_Chinese) March 28, 2022
Uma mulher taiwanesa, apenas identificada pelo sobrenome Hsieh, garantiu à Radio Free Asia que o anúncio do confinamento foi tardio. A informação foi avançada este domingo pelas autoridades locais.
Fui ao novo centro de distribuição de alimentos frescos para tentar comprar o que precisava pela manhã [de segunda-feira], e consegui algumas coisas, como Yakult [bebida japonesa], mas não consegui [comprar] leite, vegetais ou ovos”, contou. “Pudong agora está confinada, e a segurança está muito apertada em Puxi. Os alimentos frescos estão esgotados nos supermercados”.