Supermercados com prateleiras vazias, ruas desertas e cidadãos em casa — exceto quando vão fazer o teste à Covid-19. Com 25 milhões de habitantes, a cidade de Xangai está desde esta segunda-feira sujeita a um confinamento por setores para tentar reduzir a curva de contágio da Covid-19 que volta a atingir a China, devido à variante Ómicron.

De momento está apenas confinada a região mais a leste da cidade, conhecida como Pudong. A partir desta sexta-feira, 1 de abril, o processo avança para a zona oeste de Xangai, Puxi, do outro lado do rio Huangpu.

Covid-19: Xangai inicia confinamento por setor para conter surto

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Além das imagens aéreas que mostram uma cidade sem qualquer atividade — os serviços de transportes públicos estão fechados, por exemplo –, nas redes sociais circulam já vídeos de longas filas e algumas pessoas a lutar pela última unidade de um produto em várias lojas. Este é o maior confinamento que a China decretou desde o início da pandemia e durará, pelo menos, nove dias.

Uma mulher taiwanesa, apenas identificada pelo sobrenome Hsieh, garantiu à Radio Free Asia que o anúncio do confinamento foi tardio. A informação foi avançada este domingo pelas autoridades locais.

Fui ao novo centro de distribuição de alimentos frescos para tentar comprar o que precisava pela manhã [de segunda-feira], e consegui algumas coisas, como Yakult [bebida japonesa], mas não consegui [comprar] leite, vegetais ou ovos”, contou. “Pudong agora está confinada, e a segurança está muito apertada em Puxi. Os alimentos frescos estão esgotados nos supermercados”.