O Presidente da República avisou duas vezes que António Costa não deve ir embora a meio do mandato que agora inicia e o Governo acabou por dar uma resposta esta sexta-feira. Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros a ministra Mariana Vieira da Silva diz “as respostas são dadas quando as perguntas existem. E, para o Governo, a questão que colocou não é uma questão”.

A afirmação vinha em resposta a uma pergunta sobre as palavras de Marcelo sobre os quatro anos e meio de mandato do Governo que se seguem. Na tomada de posse esta quarta-feira o Presidente disse que “não será politicamente fácil que esse rosto, essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições possa ser substituída por outra a meio do caminho”. António Costa tem sido apontado a um cargo europeu no ciclo político que vai abrir-se em Bruxelas depois das Europeias de 2024 e nunca desmentiu essa vontade.

Na conferência de imprensa do Conselho de ministros (que se reuniu ontem), a ministra foi questionada sobre se o primeiro-ministro tinha dado alguma garantia aos seus ministros de que cumpriria todo o mandato, depois dos avisos insistentes do Presidente, e respondeu que essa “não é uma questão” para o Executivo que “tomou posse para uma legislatura que dura quatro anos e seis meses”.

Mariana Vieira da Silva garante que os compromissos assumidos no Programa do Governo “são para essa duração, e o Governo como um todo compromete-se a estes compromissos que aqui estão até 2026. As respostas são dadas quando as perguntas existem. E para o Governo a questão que me colocou não é uma questão”.

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