910kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 39.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 2 anos

Rússia levou a cabo “massacre deliberado” em Bucha, acusa ministro ucraniano. Mundo reage com choque, mas Kremlin nega e diz que relatos de civis mortos são falsos.

Ukrainian Army Liberation  Dmitrovka Village Near Kyiv
i

Este sábado, a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica anunciou que o Reino Unido estava a recolher provas para apoiar o Tribunal Penal Internacional na investigação a crimes de guerra

NurPhoto via Getty Images

Este sábado, a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica anunciou que o Reino Unido estava a recolher provas para apoiar o Tribunal Penal Internacional na investigação a crimes de guerra

NurPhoto via Getty Images

Depois de as forças russas terem abandonado a região de Kiev, têm surgido várias imagens e vídeos de corpos espalhados pelas ruas da cidade de Bucha.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disse, através do Twitter, que Moscovo levou a cabo um “massacre deliberado” na cidade, acusando os russos de quererem “eliminar o maior número possível de ucranianos”.

A Rússia nega que as suas tropas tenham matado civis em Bucha e assegura que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são uma “provocação”.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, descreveu como “atrocidades” os crimes cometidos pelos militares russos na região de Kiev, acrescentando que a União Europeia irá aplicar mais sanções à Rússia.

Este sábado, a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica anunciou que o Reino Unido estava a recolher provas, juntamente com outras entidades, para apoiar o Tribunal Penal Internacional na investigação a crimes de guerra.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A Rússia anunciou novas negociações, por videoconferência, para esta segunda-feira, mas contrariou as afirmações deste sábado da Ucrânia relativamente a um encontro entre os Presidentes dos dois países. Segundo o chefe do grupo de negociações russo, Vladimir Medinsky, não houve desenvolvimentos suficientes nas negociações de paz que permitissem um encontro entre líderes.

A manhã deste domingo foi também marcada por um ataque a Odessa por parte das forças russas, que atingiu um depósito de combustível na cidade portuária.

ANA MARTINGO/OBSERVADOR

O que aconteceu durante a noite?

  • O Presidente ucraniano convidou a antiga chanceler alemã Angela Merkel e o antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy a visitarem Bucha para verem “os ucranianos torturados com os seus próprios olhos”.
  • A ministra da Defesa da Alemanha defendeu que a União Europeia deve discutir a proibição da importação de gás da Rússia depois de as forças russas estarem a cometer crimes de guerra em Bucha e nos arredores de Kiev.
  • Imagens de satélite de Bucha capturadas em 31 de março e divulgadas pela empresa norte-americana Maxar Technologies mostram uma vala comum de aproximadamente 14 metros no terreno de uma igreja.
  • Moscovo pediu a realização de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir tentativas de Kiev interromper as negociações da paz e aumentar a violência em Bucha.

O que aconteceu durante a tarde?

  • A Rússia negou que as suas tropas tenham matado civis na cidade de Bucha, na região de Kiev, e assegurou que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são uma “provocação”. O Ministério da Defesa partilhou no Telegram uma mensagem em que dizia que os relatos de civis mortos em Bucha eram “falsos”.
  • A violência em Bucha continuou a merecer reações em todo o mundo. O Presidente da Ucrânia acusou as forças russas de “genocídio”. “Sim, é um genocídio. A eliminação de toda a nação. Nós temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se de destruir e exterminar todas essas nacionalidades”, afirmou Zelensky, em declarações ao canal americano CBS.

“Um crime de guerra que não pode ficar sem resposta”: as reações aos “horrores indescritíveis” em Bucha

  • O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se “profundamente chocado com as imagens de civis mortos em Bucha”, e Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que “os autores de crimes de guerra vão ser responsabilizados”.
  • O Presidente francês Emmanuel Macron classificou de “insuportáveis” as imagens de Bucha, e o chanceler alemão disse estar em choque com as “terríveis e horríveis filmagens” de civis mortos, defendendo que as organizações internacionais deveriam ter acesso ao local para recolher provas. Também o governo espanhol pediu uma investigação por “crimes de guerra” e Boris Johnson classificou os ataques em Bucha como “ataques desprezíveis”.
  • O ataque foi também condenado pelo primeiro-ministro português: António Costa classificou como “uma barbaridade inaceitável” as “atrocidades contra civis”. O Presidente da República subscreveu à mensagem.
  • O secretário-geral da NATO afirmou que os acontecimentos em Bucha são “uma brutalidade contra civis que não víamos na Europa há décadas”, e o secretário de Estado norte-americano classificou a violência “um murro no estômago” que “deve parar”.
  • O governador de Kharkiv diz que as forças russas bombardearam a cidade, a segunda maior da Ucrânia, e mataram 23 pessoas.
  • Os corpos de 410 civis foram encontrados em territórios da região de Kiev recentemente recuperados pelas forças ucranianas, anunciou a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova.
  • Há números atualizados sobre os refugiados de guerra: são já 4,17 milhões, de acordo com números da Agência das Nações Unidas para os Refugiados.
  • Novos dados indicam que a invasão russa da Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, já tirou a vida a oito jornalistas profissionais e a um cidadão-jornalista, sendo seis dos quais ucranianos.
  • As repúblicas bálticas da Estónia e Letónia anunciaram ter deixado de importar gás russo desde o inicio de abril.

Ucrânia. Lituânia deixou de importar gás russo e exorta UE a fazer o mesmo

  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que tanto a Finlândia como a Suécia seriam bem vindas à aliança, caso decidam aderir.

O que aconteceu durante a madrugada e manhã?

  • O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disse, através do Twitter, que a Rússia levou a cabo um “massacre deliberado” em Bucha: “Os russos pretendem eliminar o maior número possível de ucranianos”, afirmou, prometendo deter e expulsar as tropas russas. Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse estar “chocado com as imagens assombrosas das atrocidades cometidas pelo Exército russo na região libertada de Kiev” e adiantou com a União Europeia está a preparar mais sanções para a Rússia.
  • A cidade portuária de Odessa registou várias explosões fortes durante a manhã deste domingo. Um dos ataques com mísseis russos atingiu um depósito de combustível na cidade;
  • A Rússia contrariou as afirmações da Ucrânia e disse que as negociações de paz não avançaram o suficiente para que haja um encontro entre os líderes dos dois países. O responsável pela delegação russa nas negociações, Vladimir Medinsky indicou ainda que as negociações iriam ser retomadas esta segunda-feira;
  • A vice-primeira-ministra da Ucrânia acusou a Rússia de ter matado uma autarca que tinha capturado e de manter refém 11. Em declarações feitas este domingo através de um vídeo, Iryna Vereshchuk disse ainda que a evacuação da cidade de Mariupol, com a ajuda da Cruz Vermelha, iria continuar hoje;
  • A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou que em zonas da Ucrânia sob controlo da Rússia foram cometidas “execuções sumárias” e “outros abusos graves” que podem configurar crimes de guerra;
  • A guerra já fez 18 mil vítimas entre os soldados russos, avançaram este domingo as Forças Armadas ucranianas. Foram ainda abatidos 143 aviões, 134 helicópteros, 644 tanques, mais de 1800 carros blindados, sete barcos e outro material de artilharia da Rússia;
  • Uma deputada ucraniana alertou que a cidade de Izyum, no leste do país, está a ser destruída de uma forma semelhante a Mariupol.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.