A República Checa enviou esta terça-feira dezenas de tanques T-72 e veículos de combate blindados para a Ucrânia, uma nova doação de Praga para apoiar a defesa de Kiev contra as tropas russas, relatou o jornal online Echo24.

“Foram registadas as entregas de veículos BVP checos e de tanques T-72. Estou confiante de que estas entregas podem continuar“, confirmou ao portal checo o político democrata-cristão da coligação governamental Ondrej Benesik.

Benesik acrescentou que o Exército ucraniano “está a lutar arduamente e precisa muito deste apoio”.

As autoridades checas não declararam oficialmente quantas unidades foram enviadas.

Peritos em armamento referiram que o Governo de coligação liderado pelo conservador Petr Fiala fez o envio, por comboio, após receber a aprovação da Alemanha e dos parceiros da NATO.

Os veículos em questão são de combate de infantaria BMP-1, com capacidade anfíbia, fabricados na antiga Checoslováquia sob licença soviética, e tanques de combate T-72 MBT, também fabricados sob licença de Moscovo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, Praga doou a Kiev munições e armas ligeiras, como metralhadoras, defesas antiaéreas e material médico no valor aproximado de 29 milhões de euros, aos quais se acrescentam agora estes veículos blindados.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.