A ideia foi atirada em forma de sondagem para o feed de Elon Musk, o agora acionista maioritário do Twitter, que perguntou aos 81 milhões de seguidores naquela rede social se a sede da empresa deveria ou não ser transformada em albergue para sem-abrigo, tendo em conta o facto de, por causa da pandemia, já quase ninguém aparecer por lá para trabalhar presencialmente.

Em menos de 24 horas, o recentemente nomeado homem mais rico do mundo, patrão da Tesla e da SpaceX, tinha cerca de um milhão de respostas — 90% delas positivas, uma delas do também multimilionário Jeff Bezos, agora número dois da lista da Forbes, que lhe garantiu que a ideia era uma boa ideia. Ou não a tivesse ele próprio posto em prática, nos escritórios da Amazon em Seattle, já em 2020.

“Ou então transforma uma parte. Resultou muito bem e torna tudo mais fácil para os colaboradores que querem fazer voluntariado”, escreveu Bezos em resposta a Musk, anexando à resposta um artigo publicado em maio de 2020 pela Geek Wire, sobre o centro de oito pisos, com capacidade para albergar 200 pessoas por noite, que a Amazon construiu nas instalações da sua sede, em Seattle. “Grande ideia!”, respondeu por seu turno Elon Musk, que entretanto terá apagado a sondagem original, que já não se encontra disponível.

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Musk fora do conselho de administração do Twitter

Apesar de na semana passada ter comprado 73,4 milhões de ações do Twitter e de ter passado a deter 9,2 % do capital da rede social, Elon Musk não vai fazer parte do seu conselho de administração, soube-se esta segunda-feira. Isto, quatro dias depois de ter, irreverentemente, como é seu apanágio, postado uma fotografia no Twitter, a fumar um charro, com a legenda “A próxima reunião do conselho de administração do Twitter vai ser acesa.”

Foi Parag Agrawal, o presidente do conselho de administração da empresa que fez o anúncio esta segunda-feira de madrugada — uma vez mais, via Twitter. “A nomeação de Elon para a direção devia ser oficialmente efetiva a 9 de abril, mas Elon partilhou nessa mesma manhã que já não se juntará”, escreveu Agrawal, assegurando que a direção estava “entusiasmada” pela possibilidade de colaborar com o agora maior acionista e, ao mesmo tempo, “ciente dos riscos” que ela poderia acarretar.

Na mesma publicação, que Musk comentou com um emoji apenas, com uma cara com a mão à frente da boca, o CEO do Twitter considerou acertada a decisão do  homem mais rico do mundo. “Penso que é a melhor coisa a fazer. Sempre valorizámos e sempre iremos valorizar os contributos dos nossos acionistas, façam eles parte do conselho de administração ou não. Elon é o nosso maior acionista e e nós vamos continuar a estar recetivos aos seus contributos.”

Elon Musk, patrão da Tesla, revela que comprou 9,2% da rede social Twitter