O Ministério Público (MP) de Aveiro deduziu acusação contra um reformado suspeito de explorar mulheres que se dedicavam à prostituição num apartamento, informou esta segunda-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGR-P).
Numa nota publicada na sua página na internet, a PGR-P refere que por despacho datado de 10 de março o arguido foi acusado da prática de dois crimes de lenocínio agravado.
De acordo com a investigação, o arguido, que já foi condenado por crime idêntico, entre os anos de 2012 e de 2019, “manteve em funcionamento, num apartamento em Cacia, um prostíbulo, onde, rotativamente e por períodos de cerca de 15 dias de cada vez, duas mulheres diferentes ali prestavam serviços sexuais com clientes, a troco de remuneração, ficando o arguido com 50% dos valores que os clientes lhes pagassem”.
“A generalidade das mulheres que ali se prostituía era de nacionalidade estrangeira, estava economicamente dependente daquela atividade de prostituição e algumas em situação precária no país, do que o arguido se aproveitava para obter maiores ganhos”, refere a mesma nota.
Ainda de acordo com a PGR-P, o MP requereu a perda a favor do Estado do valor da vantagem da atividade criminosa, que calculou em mais de 240 mil euros, incluindo o valor relativo ao património incongruente.