Cerca de uma dezena de pessoas ficaram hoje feridas em confrontos entre polícia israelita e manifestantes palestinianos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Ocidental, o terceiro local mais sagrado do Islão, segundo fontes policiais e organizações humanitárias.

Durante esta manhã, “centenas” de manifestantes palestinianos começaram a juntar “pedras” na esplanada, pouco antes da chegada dos judeus que podem visitar o local, considerado o mais sagrado do judaísmo, em momentos específicos e sob certas condições, segundo a polícia, citada pela agência France-Presse (AFP).

As forças de segurança israelitas dizem ter entrado na Esplanada das Mesquitas para retirar os manifestantes e “restaurar a ordem”, enquanto testemunhas e socorristas relataram que uma dezena de palestinianos ficaram feridos. “As nossas equipas trataram cerca de dez feridos devido aos acontecimentos na Esplanada das Mesquitas. Oito pessoas ficaram feridas numa agressão [pela polícia] e outras duas foram atingidas por balas de borracha”, afirmou o Crescente Vermelho palestiniano.

Três dos feridos foram transferidos para o hospital, com uma equipa da AFP a relatar ambulâncias no local. De acordo com a comunicação social e a polícia local, vários palestinianos atiraram pedras contra autocarros e feriram cinco israelitas, tendo as autoridades detido dois palestinianos.

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Outros confrontos entre manifestantes palestinianos e polícias israelitas na manhã de sexta-feira no mesmo local provocaram ferimentos em pelos menos 153 civis palestinianos e três polícias israelitas, segundo as equipas de socorro.

Estes incidentes na Cidade Velha de Jerusalém Oriental — um setor palestiniano ocupado desde 1967 por Israel — coincidiram com a segunda sexta-feira do mês sagrado muçulmano do Ramadão. A violência em Jerusalém surgiu na sequência de uma série de ataques em Israel e de operações israelitas na Cisjordânia, outro território ocupado desde 1967 pelo Estado judaico.

Desde 22 de março, Israel foi atingido por quatro ataques, os dois primeiros por árabes israelitas ligados ao grupo extremista Estado Islâmico e os outros dois por palestinianos da região de Jenin, na Cisjordânia, que provocaram 14 mortos.