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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 59.º dia de conflito

Este artigo tem mais de 2 anos

Pelo menos oito pessoas morreram em ataques russos em Odessa, incluindo um bebé de três meses. Zelensky deu a sua primeira conferência de imprensa e garantiu que não tem medo de um encontro com Putin.

Mariupol's last stronghold Azovstal plant still resists against Russian forces
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Fotografia tirada esta sexta-feira na cidade portuária de Mariupol, para a qual as forças russas têm canalizado a maioria dos seus esforços nos últimos dias

Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images

Fotografia tirada esta sexta-feira na cidade portuária de Mariupol, para a qual as forças russas têm canalizado a maioria dos seus esforços nos últimos dias

Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images

Ao 59.º dia de guerra, as atenções continuam centradas sobretudo em Mariupol — localidade ucraniana em que as tropas russas concentram neste momento a maioria dos seus esforços de controlo de território.

Depois de Vladimir Putin ter dito esta quinta-feira que a melhor solução para dominar o último bastião de resistência ucraniana — o complexo industrial de Azovstal — era cercar e bloquear esta área, onde estão civis e também soldados ucranianos do batalhão Azov, um conselheiro estratégico de Zelensky acusou o Kremlin de mudar de posição, de ter retomado os bombardeamentos junto a este complexo e de estar a tentar atacá-lo.

O Presidente russo havia dito há apenas dois dias que confrontos diretos neste complexo resultariam numa batalha sangrenta, com demasiadas baixas e vítimas dos dois lados.

Este 59.º ficou marcado pela primeira conferência de imprensa de Volodymyr Zelensky. Foi na estação subterrânea da Praça da Independência, do metro de Kiev. Perante uma audiência de jornalistas de vários países, o Presidente ucraniano garantiu que não tem medo de um encontro cara-a-cara com Vladimir Putin.

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Mapa da atual situação de guerra em território ucraniano, atualizado a 23 de abril

ANA MARTINGO/OBSERVADOR

O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • O Presidente ucraniano deu hoje a sua primeira conferência de imprensa, numa estação de metro em Kiev, repleta de jornalistas internacionais. Durante quase duas horas respondeu a perguntas e afirmou não ter medo de se encontrar com Vladimir Putin. “Não tenho direito de ter medo porque o nosso povo demonstrou que não tem medo de nada”, disse.
  • Durante esta conferência de imprensa, Zelensky anunciou que vai receber este domingo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em Kiev. Na quinta-feira, será a vez de António Guterres visitar a capital ucraniana, e Zelensky diz querer levar o secretário-geral da ONU a visitar cidades onde ocorreram massacres.
  • Pelo menos oito pessoas morreram na sequência dos ataques recentes com mísseis à cidade portuária de Odessa, incluindo um bebé de três meses. Na sequência deste ataque, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia defendeu que a Rússia seja designada um Estado patrocinador de terrorismo.
  • O vice-chefe do gabinete do Presidente ucraniano mostrou abertura em receber o primeiro-ministro português em Kiev.
  • Dois generais russos morreram e um outro ficou ferido num ataque ucraniano em Kherson, de acordo com o ministério da Defesa ucraniano.
  • O primeiro-ministro britânico anunciou que a embaixada do Reino Unido vai reabrir em Kiev, depois de ter suspendido operações por motivos de segurança.
  • O Ministério da Defesa do Reino Unido divulgou informação de que Moscovo planeia recrutar civis ucranianos nas regiões de Kherson e Zaporíjia, ocupadas pelas forças russas, o que seria contra a Convenção de Genebra. A informação tem origem nos serviços secretos ucranianos.

O que aconteceu durante a manhã?

O ministério da Defesa do Reino Unido fez uma nova atualização à evolução do conflito na Ucrânia, a partir de dados obtidos pelos seus serviços de informação. “As forças russas não obtiveram grandes ganhos nas últimas 24 horas, tendo em conta que os contra-ataques ucranianos continuam a dificultar os seus esforços. Apesar da conquista declarada de Mariupol, continuam a ocorrer combates pesados que frustram as tentativas russas de capturar a cidade, retardando ainda mais o progresso desejado no Donbass”, indica a nota informativa.

Em Lugansk, no leste da Ucrânia, os bombardeamentos russos intensificaram-se nas últimas horas, indicou o governador da região, Serhiy Haidai

Borodyanka. As histórias de quem viveu o massacre que Zelensky denunciou ao parlamento português

Já em Mariupol, as forças russas terão retomado os bombardeamentos junto ao complexo industrial de Azovstal, onde estarão escondidos mais de mil civis e onde está instalado o último grande bastião de resistência militar da Ucrânia na cidade. A acusação foi feita por um conselheiro próximo do Presidente ucraniano Zelensky, que alegou ainda que soldados russos estão a tentar atacar a fábrica.

As tropas ucranianas, por sua vez, divulgaram um vídeo gravado há poucos dias (na passada quinta-feira) que retrata o interior de abrigos no complexo industrial de Azovstal. No vídeo vê-se, além de soldados, também pessoal médico, mulheres e sobretudo crianças

Para o meio-dia local estava prevista nova tentativa de retirada de civis de Mariupol. “Vamos tentar retirar mulheres, crianças e idosos”, referiu a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk.

Em Bucha, já terminou o processo de recolha e exumação de corpos deixados pelas forças russas, na sequência do massacre ali ocorrido. A informação foi dada pelo autarca da cidade ucraniana, que referiu que há cadáveres que indiciam ter sido “mortos, assassinados e torturados pelos ocupantes” russos, havendo também “corpos de civis queimados”. De uma vala comum localizada junto a uma igreja, em particular, foram retirados 117 corpos.

Os segredos e as (muitas) estratégias dos discursos de Zelensky

A partir de Portugal, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou o desejo de que as viagens do secretário-geral das Nações Unidos, António Guterres, a Moscovo (viagem já confirmada) e Kiev (viagem planeada), possam levar à paz na Ucrânia “mais depressa do que devagar”. Guterres viaja na próxima terça-feira, 26 de abril, para Moscovo, onde irá encontrar-se com o Presidente russo Vladimir Putin.

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