Os advogados de defesa de Frank James, o homem identificado como atacante do tiroteio no metro de Nova Iorque no passado dia 12 de abril, consideram que o homem terá sido sujeito a procedimentos impróprios já depois de ter sido detido.

Esta terça-feira, sem avisar os advogados de defesa, agentes do FBI terão entrado na cela de Frank James, no Centro de Detenção de Brooklyn, e tê-lo-ão”questionado e retirado amostras de ADN com zaragatoas na boca“. Segundo a ABC, os agentes terão obrigado o alegado atacante, de 62 anos, a assinar vários documentos.

 Ao contrário da prática habitual, o governo cometeu esta intrusão sem aviso e sem que nos tenha sido dada uma oportunidade de ser ouvidos ou de estar presentes”, lê-se uma carta redigida pelos advogados de defesa e remetida ao tribunal, citada pelo referido canal norte-americano. “O governo também não notificou o tribunal depois. Os agentes não providenciaram ao Sr. James uma cópia do mandado, uma violação da Lei Federal de Procedimentos Criminais.”

Os advogados afirmam ainda que o governo não conseguiu apresentar uma justificação para o desvio da prática comum e falam numa violação dos direitos constitucionais de Frank James.

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Tiroteio na estação de metro de Brooklyn não é “ato terrorista”. Polícia identifica “pessoa de interesse”

Pelos menos 29 pessoas ficaram feridas num ataque que ocorreu no metro de Brooklyn no dia 12 de abril, tendo 10 pessoas sido baleadas. O atacante estava no interior da carruagem do metro, com uma máscara de gás, quando tirou uma lata da mala, que começou a deitar fumo. Depois, o suspeito disparou indiscriminadamente não só dentro da carruagem, como também na plataforma da estação de metro.