O paradeiro é sabido, mas ainda não há autorização para revelar. Caso contrário, pode colocar em causa a segurança, ou mesmo a vida, destes cidadãos ucranianos retidos há mais de dois meses nas instalações Azovstal.

A equipa da Organização das Nações Unidas (ONU) saiu de ‎Zaporíjia na passada sexta-feira, durante a manhã, juntamente com um grupo do Comité Internacional da Cruz Vermelha. Chegaram a Mariupol cerca de 24 horas depois, quando deu início a operação de retirada dos civis.

É uma operação de “passagem segura”, em que os dois países em conflito devem concordar integralmente com os termos em que é proposta, tendo as Nações Unidas como moderador das conversações. O porta-voz do escritório humanitário da ONU, Saviano Abreu, revela que, ao longo do resgate, as negociações acontecem de minuto a minuto, até que os civis cheguem até ao destino final.

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À Rádio Observador, o porta-voz das Nações Unidas não garante que estes cidadãos estejam em segurança, nem pode adiantar, para já, qual a previsão de chegada deste grupo a ‎Zaporíjia. Confirma apenas que a ONU está a fazer todos os esforços para que esta operação termine em segurança.

Saviano Abreu refere ainda que as Nações Unidas já se encontram a trabalhar em território ucraniano desde o início do conflito no Donbass, e que atualmente existem ações humanitárias em 24 regiões da Ucrânia.

A partir de Zaporíjia, o jornalista Carlos Diogo Santos, um dos enviados especiais do Observador à Ucrânia, explica que há cidadãos ucranianos que já conseguiram chegar à cidade, em carros particulares. Não é, para já, o caso de quem viveu nos últimos tempos retido na fábrica de Azovstal.

Caravana da ONU já não chega hoje a Zaporíjia