Vai ser construída na Coreia do Sul a primeira cidade flutuante do mundo. A construção da Oceanix Busan terá o apoio da UN-Habitat, avança o jornal El Confidencial e nasce já em 2025. O programa da Organização das Nações Unidas (ONU) tem o objetivo de “promover a mudança transformadora nas cidades e assentamentos humanos através de conhecimento, aconselhamento político, assistência técnica e ação colaborativa,” explica o site oficial da entidade.

Oceanix Busan será construída para albergar 12 mil pessoas, e pode vir a ter capacidade para alojar 100 mil pessoas, diz a página oficial do projeto que tem várias imagens e vídeos do protótipo.

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Existirão três zonas distintas — uma para alojamento, uma para comércio e restauração, e outra para a investigação marinha da região — a travesia dos bairros será feita através de pontes. O projeto será energeticamente auto sustentável, através da instalação de painéis solares na água e nos telhados dos edifícios, para que não exista desperdício de energia nos 6 hectares que a cidade ocupará.

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emergência das alterações climáticas que antecipam a subida do nível da água do mar é a principal razão para este projeto flutuante junto à atual Busan, que é a segunda cidade mais povoada da Coreia do Sul, frisa o El Confidencial.  Um pouco por todo o mundo, este fenómeno tem feito com que os habitantes de zonas litorais tenham problemas com cheias, ou mesmo a destruição total das suas casas: “As inundações estão a destruir biliões de dólares em infraestruturas e a forçar milhões de refugiados climáticos a abandonar as suas casas” — diz a UN-Habitat.

Daí que a ideia de expandir as cidades para além da extensão da terra não seja nova. O El Confidencial diz que em 2022 começará também a construção de uma cidade flutuante nas Maldivas.

Segundo escreve Nathalie Mezza-Garcia, investigadora do Floating Cities Institute, a construção de cidades flutuantes permite que as pessoas que vivam nas proximidades da costa possam ‘migrar’ para um local onde a subida do nível da água do mar não seja um problema, e evita inundações, pois a “terra” move-se com as ondas.

No entanto, há problemas técnicos: “Existem boas razões para ser cauteloso sobre a ideia de que a arquitetura flutuante pode ajudar as comunidades a adaptarem-se à subida do nível do mar”.

Já Maimunah Mohd Sharif, diretora executiva da UN-Habitat, põe a tónica num outro aspecto: “Temos de inovar em soluções para os desafios globais. Mas neste impulso para a inovação, vamos ser inclusivos e equitativos e garantir que não deixamos nada nem ninguém para trás.”