A guerra que Vladimir Putin está a travar na Ucrânia tem “tendência para escalar” e para tornar-se “mais imprevisível“, avisou esta terça-feira a diretora dos Serviços de Informação norte-americanos, Avril Haines, citada pela AFP.

A responsável afirma que “Putin está perante uma divergência entre as suas ambições e as capacidades militares da Rússia”. Isso, porém, só torna mais provável que o Presidente russo recorra a medidas mais drásticas e tome decisões ad hoc, ou seja, de forma brusca e sem planeamento. Uma das possibilidades passa pela lei marcial, indicou Avril Haines.

“A atual tendência aumenta a probabilidade de o Presidente Putin virar-se para medidas mais drásticas, incluindo a imposição da lei marcial, a reorientação da produção industrial ou potencialmente uma escalada das opções militares para libertar os recursos necessários para alcançar os seus objetivos”, assegurou a diretora dos Serviços Nacionais de Informação.

Ainda assim, Avril Haines acredita que Putin apenas usará armas nucleares “se sentir a sua existência ameaçada”. Aos olhos dos serviços de informação dos EUA, porém, parece ser claro que Putin está “determinado a alargar o foco da guerra além Donbass, em direção à Transnístria“.

“Não vemos um caminho de negociação viável, pelo menos no curto prazo”, disse ainda, acrescentando que o Presidente russo “está a preparar-se para um conflito prolongado na Ucrânia”.

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