O Supremo Tribunal da Rússia anunciou, esta terça-feira, que vai deliberar, no próximo dia 26 de maio, se o Batalhão Azov, que esteve empenhado na defesa da fábrica sideúrgica de Azovstal desde o início da guerra, será categorizado como uma organização terrorista. Será ainda decidida “a proibição de todas as suas atividades na Federação Russa”.
Com a chegada dos primeiros soldados a uma antiga antiga colónia penal da Olenivka, cidade ucraniana controlada por forças pró-Kremlin, Moscovo ordenou a criação de um Comité de Investigação, que interrogará todos os soldados retirados do local, de forma a obter provas que possam ou não comprovar o estatuto de terrorista do Batalhão Azov.
Caso o Batalhão Azov seja considerado uma organização terrorista pela Justiça russa, os seus membros podem enfrentar 10 a 20 anos de prisão, indica a Agência RIA, havendo uma distinção entre aqueles que são considerados cúmplices (com uma pena dos 10 aos 15 anos) e aqueles que fazem mesmo parte do grupo paramilitar (dos 15 aos 20 anos de prisão).
No entanto, o deputado da câmara baixa do parlamento russo, Sultan Khamzaev, sugeriu que os membros do Batalhão Azov devem ser condenados a prisão perpétua, depois de obterem “todos os cuidados médicos necessários”. “Todos os nacionalistas devem ser condenados em toda a extensão pelos graves crimes que cometeram”, vincou, sendo que nada “anula os crimes cometidos” pelo Batalhão Azov.
Já um dos presentes nas negociações com Kiev, Leonid Slutsky, considera que a Rússia “deve pensar” em aplicar a pena de morte aos membros do Batalhão Azov. “Eles não merecem viver depois dos crimes monstruosos contra a Humanidade que eles cometeram”, justificou.