Todas as crises trazem também oportunidades. Pode parecer um chavão, mas a pandemia veio demonstrar que é uma afirmação com sentido. Se antes Portugal ainda tinha um longo caminho a percorrer na digitalização – pelo menos, para algumas empresas – o surto de Covid-19 e os sucessivos confinamentos obrigaram muitos negócios a terem de se adaptar rapidamente. Perante a imposição do teletrabalho e a adoção de modelos híbridos, as empresas tiveram de recorrer a um maior número de serviços e ferramentas digitais.
Segundo o estudo “O Estado da Digitalização do Tecido Empresarial Português” promovido pela Vodafone Portugal com base em 1544 entrevistas realizadas a decisores da digitalização, 71% das empresas usaram soluções de produtividade como as da Google e Microsoft. 56% apontam também a videoconferência como uma das ferramentas mais usadas, 55% referem soluções de informação e 49% adotaram mais medidas de segurança de redes e acesso.
71%
das empresas usam soluções de produtividade
Em contrapartida, 53% admitem não utilizar ou ter interesse em apostar no e-commerce, 51% não vêem utilidade em big data, 45% desvalorizam a business inteligence e 44% não consideram relevante disponibilizar wifi para os clientes.
Quando se trata de decidir onde é que vale a pena gastar dinheiro, a área apontada como a mais importante pelos decisores inquiridos é a de marketing e comunicação, seguida da área de soluções de produtividade e colaboração (49%) e da segurança digital (47%). Em sentido contrário, a área de redes e datacenters é onde pretendem investir menos.
55%
dos decisores aponta o marketing e a comunicação como a área mais importante para investir.
No que diz respeito ao nível de digitalização dos fornecedores, a maioria das empresas acredita que estão, regra geral, ao mesmo nível. Só as micro-empresas têm uma maior tendência para achar que são mais digitalizadas do que os seus fornecedores.
As grandes empresas e as PME consideram que os seus fornecedores tiveram influência no processo de digitalização das suas empresas. Em contrapartida, os empresários em nome individual e as micro-empresas sentem que essa relação não provocou grandes alterações no rumo do seu negócio.
Muitas empresas optaram por manter o teletrabalho e os modelos híbridos, mesmo numa fase descendente da pandemia, uma vez que perceberam que podiam ter vantagens como, por exemplo, introduzir flexibilidade na relação com os seus colaboradores, privilegiando a produtividade. Se o mundo – ou a forma como o encaramos – nunca mais será o mesmo depois da Covid-19, talvez o mercado de trabalho também tenha mudado para sempre.
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