O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, ordenou, esta quinta-feira, a criação de um novo comando militar no sul do país. O objetivo passa por estacionar estas tropas perto da fronteira com a Ucrânia. “É uma condição de tempo de guerra. Mas sem guerra por agora”, justificou, acrescentando que o país tem de “fazer planos para estar preparado para agir se uma guerra irromper”.

Numa reunião com o ministério da Defesa bielorrusso citada pela agência de notícias Belta, Alexander Lukashenko não se mostrou confiante relativamente ao futuro — a Bielorrússia sofrerá uma “pressão sem precedentes e prolongada” no âmbito “económico, político e militar”. “Os atuais eventos nos países vizinhos testificam a dinâmica de mudança na segurança militar da Bielorrússia”, explicou.

Acusando os Estados Unidos e os seus satélites de continuarem a piorar o estado da segurança global, o chefe de Estado bielorrusso apontou que, “sob a capa de exercícios defensivos”, a NATO faz “manobras” que têm com o objetivo o “envio de tropas” desde Washington e da Europa Ocidental para perto da fronteira bielorrussa. “Conseguimos ver os reais propósitos do exercícios da NATO”, assegurou.

“De facto, reconhecemos o desenvolvimento de uma possível futura ameaça das operação militares” para a Bielorrússia, frisou Alexander Lukashenko, sublinhando que “de acordo com o plano norte-americano, a Europa e a NATO entraram num confronto global com a Rússia”.

O Presidente bielorrusso identificou, na reunião, de onde considera que virão as principais ameaças — da Polónia, Lituânia e Letónia, principalmente por conta das tropas das NATO que estão estacionadas naqueles países. Em simultâneo, Alexander Lukashenko antecipa um aumento de tensão no combate no território ucraniano.

Assim sendo, a Bielorrússia tem de preparar as suas tropas para uma eventual invasão. “Além disso, temos de determinar em que áreas é que temos de desenvolver o nosso exército. Temos de agir perante o facto de que o nível de ameaças militares à Bielorrússia irá aumentar no futuro e essas medidas devem ser tomadas o mais cedo possível”, reforçou o Presidente bielorrusso.

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