As tarifas dos táxis vão subir em média mais de 8% a partir de esta quarta-feira, segundo a convenção assinada entre a Direção-Geral das Atividades Económicas, a ANTRAL e a Federação Portuguesa do Táxi e já homologada pelo Governo. A informação de que a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, homologou a convenção que procede à atualização das tarifas para a prestação do serviço de transporte de passageiros em táxi foi anunciada em 18 de maio pelo gabinete do ministro da Economia e do Mar.
Esta convenção foi celebrada no dia 13 entre a Direção-Geral das Atividades Económicas, a ANTRAL – Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e a Federação Portuguesa do Táxi (FPT), “depois de um processo intenso de negociação e de auscultação” junto do Instituto da Mobilidade e dos Transportes e das associações de consumidores.
Assim, “foi acomodado o aumento do Índice de Preços no Consumidor registado entre janeiro de 2012 e janeiro de 2022, traduzido num aumento médio global das tarifas de 8,05%”, segundo a tutela. O Governo sublinha ainda que desde janeiro de 2013 não havia atualização das tarifas do transporte em táxi.
A programação do novo tarifário, a verificação metrológica e a selagem dos taxímetros deverão ser efetuadas até 31 de julho. O presidente da FPT, Carlos Ramos, considera que o aumento das tarifas é insuficiente, mas ajuda a mitigar os prejuízos registados no setor nos últimos anos.
“Nós negociámos de facto uma tabela para o ano de 2022 que tem em termos médios para o conjunto no setor uma atualização de 8,05%. Naturalmente não é o que esperávamos porque há mais de 10 anos que a convenção não é atualizada, mas também temos a noção de que não podíamos ir mais longe”, disse à Lusa.
Carlos Ramos explicou que a intenção ao negociar com o Governo foi sempre na perspetiva de se fazer uma atualização para mitigar prejuízos acumulados e que garantisse que os passageiros continuam a viajar nos táxis. “Foi o que nos levou a assinar esta atualização tarifária. Gostávamos de ir mais longe e o Governo não permitiu que o fosse. Queríamos aproveitar para mexer na estrutura tarifária, mas mantêm-se como está. Não há mexidas no valor da bandeirada, apenas na metragem, mas isto é pouco”, sublinhou.