Passaram 109 dias desde que começou a invasão russa da Ucrânia. O exército invasor continua a concentrar os seus esforços na região de Luhansk, com combates intensos a serem registados na cidade de Severodonetsk. Um ataque das forças russas provocou, este sábado, um incêndio na fábrica de químicos Azot, onde centenas de civis se encontram escondidos em abrigos anti-bomba O governador de Luhansk, que confirmou a informação, não adiantou se o fogo foi controlado e se provocou vítimas ou feridos.
Uma explosão na localidade ocupada de Berdiansk, na zona de Zaporizhzhia, danificou uma subestação elétrica, deixando metade da cidade sem eletricidade, disse a autarquia. As forças russas justificaram os problemas com um curto-circuito na subestação. A Rússia alegou ter destruído um grande depósito com armas oriundas dos Estados Unidos da América e Europa na região ucraniana de Ternopil, no oeste do país.
Numa nota mais positiva, a primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, esteve em Vilnius, a capital da Lituânia, para inaugurar o primeiro centro cultural e educacional para refugiados ucranianos. A ideia partiu de Zelenska e da primeira-dama lituana, Diana Nausediene. “Queríamos que os 50 mil ucranianos que foram forçados a vir para a Lituânia por causa da guerra tivessem um lugar verdadeiramente nativo”, disse a primeira-dama da Ucrânia.
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O que aconteceu durante a tarde e início da noite
- O Exército russo está a concentrar todo o seu poderio militar em Severodonetsk e arredores, com o objetivo de conquistar rapidamente a região. O governador regional admite que a cidade pode cair entre hoje e amanhã. Fonte do Departamento da Defesa norte-americano disse ao The Washington Post que a região de Luhansk pode cair nas mãos dos russos nas próximas semanas.
- A resistência continua na fábrica de químicos de Azot. Um oficial separatista disse à agência de notícias Interfax que as forças invasoras não estão a planear invadir a fábrica, que alberga várias centenas de civis. Os combatentes terão de se render. Os russos pretendem assim seguir uma estratégica semelhante à usada em Azovstal, onde, após mais de dois meses de resistência, os soldados ucranianos acabaram por se render.
- Um combatente de nacionalidade britânica terá morrido na defesa de Severodonetsk, anunciou a família nas redes sociais. Jordan Gatley partiu para a Ucrânia em março para ajudar a defender o território e treinar novos recrutas. É o segundo britânico a morrer desde o início da guerra.
- Um dos líderes separatista pró-russo de Donestsk garantiu este domingo que não pretende modificar a sentença de morte a dois britânicos e um marroquino que foram capturados quando lutavam ao lado do exército ucraniano, classificando a sentença como “justa”.
- A Rússia quer aumentar o número de soldados na Ucrânia. De acordo com a recente atualização do Ministério da Defesa britânico sobre o conflito, Moscovo deverá introduzir nas próximas semanas um terceiro batalhão em algumas formações de combate. A maioria das brigadas só envia dois batalhões de cada vez para o campo, o que fará com que a Rússia fique dependente de novos recrutas ou de reservas.
- Joe Biden afirmou que Vladimir Putin “não quer apenas invadir a Ucrânia, quer destruir a cultura russa”. Falando durante uma receção para Comité Nacional Democrata, na Califórnia, o Presidente norte-americano declarou que, para Putin, não existe “uma cultura ucraniana independente”, assinalando que as forças russas estão a destruir museus, escolas e marcos culturais ucranianos.
- A Ucrânia estabeleceu duas rotas alternativas, através da Polónia e da Roménia, para a exportação de cereais, que enfrentam, mesmo assim, constrangimentos, anunciou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
- A Finlândia anunciou que, sem a Suécia, não vai aderir à NATO.
- Em relação às exportações de cereais da Ucrânia, Espanha defendeu a concretização de um acordo para ultrapassar os bloqueios à exportação, para “ajudar a garantir a disponibilidade e acessibilidade dos alimentos, mantendo os mercados agroalimentares abertos”.
- As tropas russas bombardearam uma ponte que faz a ligação à cidade de Severodonetsk, o que poderá impedir a retirada de civis.
- Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse que a Ucrânia precisa de fortalecer as leis anticorrupção em vigor, para “atrair investidores”.
- O Reino Unido confirmou a morte de um soldado britânico que lutava ao lado do exército ucraniano, na cidade de Severodonetsk.
O que aconteceu durante a madrugada e manhã
- Os combates intensos continuam em Severodonetsk. Um ataque das forças russas provocou, este sábado, um incêndio na fábrica de químicos Azot, onde centenas de civis se encontram escondidos em abrigos anti-bomba, afirmou este domingo o governado de Luhansk, sem adiantar se o fogo se encontra controlado e se provocou mortos ou feridos.
- O governador informou ainda que a situação permanece difícil na Toshkivka, nos arredores de Severodonetsk, mas que as forças ucranianas conseguiram bloquear o avanço do exército russo em Popasna.
- Uma explosão na localidade ocupada de Berdiansk danificou uma subestação elétrica, deixando metade da cidade sem eletricidade, disse a autarquia, segundo o The Kyiv Independent, que deu conta de um total de três explosões ocorridas recentemente na cidade da região de Zaporizhzhia. Os oficiais russos justificaram os problemas com um curto-circuito na subestação, referiu o NEXTA.
- Em Chortkiv, na zona oeste da Ucrânia, raramente alvo dos bombardeamentos russos, pelo menos 22 pessoas ficaram feridas na sequência de um ataque, este sábado à tarde. Segundo o governador da região, foram disparados quatro mísseis do Mar Negro.
- A Rússia alegou ter destruído um grande depósito com armas oriundas dos Estados Unidos da América e Europa na região ucraniana de Ternopil, no oeste do país. Segundo noticiou a Interfax, o Ministério da Defesa russo adiantou que o ataque foi feito com recurso a mísseis Kalibr. Três caças ucranianos foram abatidos perto de Donetsk e Kharkiv, informou também Moscovo.
- O McDonald’s, que passou a chamar-se Vkusno i tocha (“Delicioso e ponto final”) na Rússia, voltou a abrir portas. Um total de 15 unidades foram inauguradas este domingo em vários pontos do país.
- A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, esteve em Vilnius, na Lituânia, para a inauguração do primeiro centro de cultura e educação para a comunidade ucraniana no país. “Queríamos que os 50 mil ucranianos que foram forçados a vir para a Lituânia por causa da guerra tivessem um lugar verdadeiramente nativo”, explicou Zelenska no Instagram.