Um tiroteio numa casa situada na Calle Serrano, uma das ruas mais luxuosas de Madrid, fez esta segunda-feira três mortos por arma de fogo, confirmaram os serviços de emergência. De acordo com o El Mundo, Fernando González de Castejón, conde de Atarés e marquês de Perijaa, de 53 anos, suicidou-se após matar a mulher, de 44 anos, e uma amiga da esposa, de 70 anos.

Inicialmente, as informações davam conta que o homem teria matado a mãe e a empregada doméstica, mas uma atualização retificou a identidade das vítimas. González de Castejón apareceu recentemente na televisão a dar entrevistas como um dos afetados pela falência do Banco Madrid.

A mulher do conde de Atarés e marquês de Perijaa já tinha denunciado o marido por maus tratos em 2018 e, de acordo com o El Mundo, chegaram a separar-se durante algum tempo. O El País avança que a esposa acabou por tirar a queixa e voltaram a viver juntos. Também, em 2009, foi denunciado por maltratar a irmã e a mãe e lhe foi imposta uma ordem de restrição.

Na última semana, a esposa viajou até Paris com a filha de 12 anos. A mulher regressou no sábado e a filha voltava esta segunda-feira — estava a caminho de Madrid quando soube o que tinha acontecido.

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A polícia foi chamada pelo porteiro por volta das dez da manhã à casa onde se ouviram os disparos, tendo os serviços de emergência confirmado, pouco depois, as três mortes.

Protegidos com coletes à prova de balas e escudos devido à possibilidade de alguém estar armado dentro da casa, agentes da Unidade de Prevenção e Reação invadiram o local do crime às 10h20, onde já encontraram os três corpos com ferimentos de bala, sem opção de reanimá-los. Pouco depois, os serviços de emergência confirmaram as três mortes.

O corpo de Fernando González de Castejón foi encontrado na sala de estar ao lado do da vítima com 70 anos, ambos com ferimentos de bala. A poucos metros, na cozinha, estava o corpo da esposa, que também apresentava um ferimento de bala na cabeça. Não se sabe, para já, a ordem pela qual o atirador terá matado as mulheres.

O alegado assassino era considerado “um homem muito problemático” na propriedade onde vivia e discutia com os vizinhos porque praticava tiro no pátio, revela o El Mundo, acrescentando que Fernando tinha outras armas e arcos que chegava a levar para a rua. A família diz que ele tinha licença de porte de armas e costumava caçar com os amigos.

À ABC, um vizinho, sob anonimato, contou que Fernando conseguia aceder a um pátio interior onde “à noite podia ser visto a brincar com armas”. Saía com uma espingarda “para disparar contra algumas pinturas”.

Notícia atualizada às 18h41 de 20/06 com a informação da identidade das vítimas e detalhes sobre o atirador